Você está tendo dificuldades em fazer acontecer? Caso sua resposta for sim, você não pode deixar de ler esse artigo.
Fazer acontecer nada mais é que executar com eficiência, e por incrível que pareça mesmo os perfis executores podem ter dificuldade para executar gerando resultados efetivos.
Execução vai além de seguir o planejamento de modo a atingir metas e muitas empresas têm visto ao longo do tempo como a execução precisa ser revista para melhoria de resultados.
Segundo Larry Bossidy e Ram Charam no excelente “Execução – a disciplina para atingir resultados” (2019) é preciso ter em mente três pontos principais: 1. a execução é uma disciplina e parte integrante da estratégia; 2. a execução é a principal tarefa do líder; 3. a execução deve ser o elemento chave da cultura da empresa.
Por que a execução é uma disciplina? Por ser um processo sistemático de discussão exaustiva, ou seja, por mais que as táticas sejam parte central da execução, esta não é tática, é preciso questionar, levar adiante o que foi decidido e assegurar que as pessoas envolvidas terão sua responsabilidade específica pela execução, elaborando hipóteses sobre o ambiente de negócio, avaliando as habilidades da empresa, ligando estratégias e operações às pessoas que irão implementá-la, sincronizando as pessoas envolvidas na execução atrelando com incentivos e resultados.
Na execução também é necessário incluir mecanismos para mudar as hipóteses à medida que haja mudança de conjuntura e também a percepção necessária para melhorar as habilidades da empresa para enfrentar desafios de uma estratégia mais ambiciosa. É uma forma sistemática de expor a realidade e agir sobre ela.
Por que é a principal tarefa do líder da empresa? Ora uma organização, seja de que área ou porte for, só pode executar bem se o líder estiver integralmente comprometido, pois liderar é muito mais do que pensar ou conversar informalmente com investidores e clientes, é também estar envolvido pessoal e profundamente no negócio.
O líder precisa ter um entendimento abrangente do negócio, da sua equipe (pessoal) e do ambiente e apenas ele pode fazer a execução acontecer através do envolvimento pessoal na parte fundamental e também nos detalhes da execução. É o líder que precisa se encarregar de fazer acontecer, gerenciando os três processos chave supra indicados, escolhendo outros líderes, estabelecendo o direcionamento estratégico e conduzindo as operações.
Por fim, por que a execução deve ser o elemento-chave da cultura de uma empresa? É inegável que a execução precisa estar embutida no sistema de incentivos e nas normas de comportamento como um todo, assim como o líder precisa estar totalmente envolvido na execução todos os demais membros da organização devem entender e praticar essa disciplina. Focar na execução não é apenas parte essencial da cultura da empresa, mas a única forma segura de provocar uma mudança organizacional profunda. Assim esta tem que ser parte da cultura da empresa direcionando o comportamento dos líderes de todos os níveis e esses conduzindo seus liderados para uma execução que gere reais resultados.
Ao ler tudo isso você pode estar se perguntando o que isso tem a ver com nossos negócios jurídicos? E a resposta é uma só, absolutamente tudo. Enquanto os líderes de grandes, médios e até mesmo pequenos escritórios de advocacia não pensarem suas estruturas como verdadeiros negócios, os resultados estarão muito aquém do que poderiam alcançar. E da mesma forma como devem realizar um planejamento estratégico precisam fazer acontecer com uma execução que gere resultados efetivos, se assumir como um líder e se responsabilizar por criar uma cultura de execução junto aos seus liderados, ter objetivos claros, metas precisas, mas foco na execução coordenando todos os envolvidos rumo ao sucesso na advocacia 5.0.
Dynair Alves de Souza, advogada cível e empresarial há 26 anos, Mestre em Direito, Master Coach e Mentora de Carreira e Negócios para profissionais liberais e empreendedores.