Um projeto pretende plantar 100 mil mudas às margens do Rio Paraguai, em Cáceres, a 220 km de Cuiabá, para reflorestamento até dezembro deste ano. O objetivo é recuperar as áreas atingidas pelos incêndios no Pantanal em 2020 que afetou a fauna e a flora da região.
Até agora já foram produzidas cerca de 30 mil mudas das espécies nativas de murici, jatobá, jenipapo, pitomba, jacarandá, cumbaru e ipês branco, rosa, amarelo e roxo.
O projeto é uma parceria entre o Programa de Recuperação e Educação Ambiental do Instituto Cometa, Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e a Secretaria de Meio Ambiente (Sema).
As mudas são plantadas por estudantes do município — Foto: Reprodução
Biólogos, engenheiros florestais e técnicos da Empaer e as comunidades locais fazem a coleta, doação de sementes, produção das mudas, substrato de crescimento e o cuidado.
O Instituto Cometa fornece saquinhos para plantio, realiza o transplante das mudas, enchimento dos sacos com substrato e a formação das mudas. Cerca de 60 crianças e adolescentes com idades entre 10 e 18 anos, de diversas escolas do município realizam a parte prática do reflorestamento.
Mudas serão plantadas para reflorestamento — Foto: Reprodução
Os estudantes plantam as mudas duas vezes por semana. O projeto teve início no ano passado com as comunidades locais para estimula a manutenção de áreas verdes nos espaços urbanos e a recuperação das áreas afetadas do Pantanal e cerrado nos municípios de
e
, a 198 km de Cuiabá. A iniciativa deve encerrar em 2023.
incêndio no Pantanal
Incêndios no Pantanal de MT em 2020 foi o pior desde o fim da década de 1990 — Foto: TV Globo
Entre 1º de janeiro e 30 de novembro do ano passado,
as queimadas atingiram 4,5 milhões de hectares
, em 21 municípios que compõem o Pantanal, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, conforme relatório técnico elaborado pelos setores de geoprocessamento do Ministério Público de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul. Segundo monitoramento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (
), 2020 foi o que teve mais registros de fogo no Pantanal desde o fim da década de 1990.