A comissão julgadora do Prêmio MPT na Escola em Mato Grosso, composta pela procuradora do Trabalho Helena Duarte Romera e pelas servidoras da Procuradoria Regional do Trabalho da 23ª Região (PRT23) Elizandra Wilhelm e Laís Hoshino Kobayashi, finalizou a avaliação dos trabalhos vencedores da etapa estadual do concurso. Foram selecionadas as melhores produções artístico-culturais de quatro categorias (conto, desenho, música e poesia).
Os primeiros lugares de cada uma se classificaram automaticamente para a fase nacional do prêmio, que reúne os trabalhos vencedores de outros estados do país.
O prêmio é dividido em dois grupos. O primeiro conta com alunos(as) do 4º e 5º anos do ensino fundamental, sendo as produções sobre trabalho infantil. O segundo grupo, de estudantes do 6º e 7º anos do ensino fundamental, aborda a aprendizagem profissional/profissionalização do adolescente.
Há anos o Projeto MPT na Escola vem capacitando educadores de Mato Grosso para que atuem nas salas de aula como multiplicadores do saber. A dinâmica funciona como uma espécie de teia que envolve toda a comunidade escolar, conscientizando crianças e adolescentes, professores e pais para desconstruir mitos em torno do trabalho infantil e romper barreiras culturais de permissibilidade e naturalização.
O potencial transformador da iniciativa é reforçado pelo procurador do Trabalho e coordenador regional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância) do MPT-MT, André Canuto. “A prevenção do trabalho infantil inicia-se durante a educação e formação de cada cidadão, e o melhor lugar para se desenvolver e conscientizar pessoas é a escola. Através da participação de toda a comunidade escolar fomentamos o engajamento e fortalecemos a luta contra o trabalho infantil”, pontua.
O projeto
A erradicação do trabalho infantil no Brasil é uma das metas institucionais do MPT. O MPT na Escola visa a incluir, na proposta pedagógica e no currículo das escolas municipais do ensino fundamental, assuntos relativos aos direitos e deveres das crianças e adolescentes, a fim de fortalecer a rede de proteção e atingir toda a comunidade escolar, dando a devida importância e visibilidade à temática.
Trata-se de iniciativa estratégica do Projeto Resgate à Infância, Eixo Educação — há, ainda, os eixos Profissionalização (aprendizagem) e Políticas Públicas (articulação da rede de proteção municipal) —, que busca combater o trabalho infantil por meio da prevenção. A ideia é criar meios para despertar uma consciência coletiva que consiga romper com as barreiras culturais que naturalizam e perpetuam o trabalho infantil.
Adotando a metodologia da multiplicação do saber, o MPT na Escola é desenvolvido em cinco etapas. A primeira delas se caracteriza pela capacitação de um técnico da Secretaria Municipal de Educação que vai atuar como coordenador em determinada cidade. Essa fase, conduzida pelos procuradores do Trabalho da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância), é marcada por palestras, exibição de vídeos, dinâmicas e debates sobre o conceito de trabalho infantil, os mitos e as concepções equivocadas sobre o assunto e as consequências dessa prática no futuro das crianças.
Em seguida, são capacitados os coordenadores pedagógicos das escolas selecionadas (segunda etapa) e os professores (terceira etapa). Estes, por sua vez, vão abordar em sala de aula, diretamente com os alunos, os temas propostos (quarta etapa), incentivando-os a realizarem trabalhos que permitam uma avaliação dos resultados da ação (quinta etapa).Para coroar todo esse processo e reconhecer o empenho de alunos e professores, é realizado o Prêmio MPT na Escola, que seleciona os melhores trabalhos literários, artísticos e culturais dos estudantes das instituições de ensino que integram o projeto em todo o Brasil.
Vencedores
GRUPO 1
CONTO
1º Sthéfany Dal Santo / Santa Rita do Trivelato
2º Maria Clara Roskoski / Diamantino
3º Davi Henrique da Silva Matiello Araújo / Lucas do Rio Verde
DESENHO
1º Alice Coutinho da Cruz / Diamantino
2º Empate: Ana Vitoria Castro Silva / Araguaiana e Emilly Fernanda Magalhães Costa / Sorriso
POESIA
1º Kaick Figueiredo Alves / Lucas do Rio Verde
2º Marcos Olivie Redher Alves / Cuiabá
3º Mel Ledur Hortêncio Silva / Nova Mutum
MÚSICA
1º Ana Carolina da Silva Santos / Araguaiana
2º Ana Julia Carvalho de Magalhães / Nova Mutum
3º Ana Suri Lemes Ribeiro / Cuiabá
GRUPO 2
CONTO
1º Maria Eduarda Silva Alves e Otávio Cassuba Hoepers / Santa Rita do Trivelato
2º Rhianny Lemes de Jesus / Várzea Grande
DESENHO
1º Maria Eduarda Linda Ramos de Oliveira / Várzea Grande
2º Maria Eduarda Lima de Almeida e Luana Dal Salto / Santa Rita do Trivelato
3º Guilherme de Oliveira Silva / Nova Mutum
POESIA
1º Danielle Cella / Nova Mutum
2º Bruna Ferron Pavan e Isabelli Freitag / Santa Rita do Trivelato
3º Maria Eduarda Linda Ramos de Oliveira / Várzea Grande
MÚSICA
1º Maria Fernanda Gonçalves Ribeiro / Nova Mutum