Abertura de empregos depende de mão de obra qualificada
A afirmação foi dita pelo sócio-proprietário do Grupo Cometa Francis Maris Cruz durante encontro com o presidente da Administradora da ZPE de Cáceres- AZPEC, Engenheiro Adilson Reis, diretores da ZPE do estado do Ceara e técnicos da Consultoria Sete Tecnologia Informática sobre as últimas atualizações do processo de implantação da ZPE de Cáceres.
O encontro ocorreu na tarde desta segunda-feira (03/10) no Centro de Inovação de Redes Inteligentes e Soluções Criativas - RISC – UNEMAT e na ocasião o engenheiro Adilson Reis anunciou a contratação da Consultoria Sete Tecnologia Informática, empresa responsável por instalar o software de funcionamento para obter a autorização, tanto do conselho de ZPE’S, quanto da Receita Federal, além do fornecimento de serviços às empresas que irão se instalar. O prazo para terminar esta etapa é até fevereiro de 2023.
“A ZPE é uma realidade hoje. No início teve muitas pessoas que foram contra, inclusive não quiseram pagar para fazer o projeto. Quem pagou fui eu, enquanto prefeito de Cáceres. Participei da reunião porque eu acredito que a abertura das indústrias vai gerar mais emprego em Cáceres e população precisa estudar. Fazer cursos de qualificação SENAI, SENAC enfim. Só ensino fundamental e médio não vai atender as demandas dessas indústrias. Vão precisar de pessoas qualificadas para trabalhar. Essa consultoria vai acelerar o processo”, alertou Francis.
O gestor disse também, que ainda faltam ser instaladas na ZPE, a rede de energia, água, ruas, asfaltos e galerias fluviais. “Agora a sociedade de Cáceres precisa se unir para cobrar do governo do estado o término dessas obras o mais breve possível”.
Validando a fala de Francis, o presidente da AZPEC afirmou que o processo de alfandegamento que irá habilitar as empresas a se instalarem foi autorizado pelo governo do estado. “Paralelo a isso temos a participação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) Mato Grosso, que já começou a definir o perfil das empresas que deverão atuar aqui, para em seguida estabelecer os cursos que qualificarão os trabalhadores para as vagas de empregos que serão abertas”, explicou.
Com 6.182 hectares de área para investimentos, a ZPE Ceará iniciou sua produção em 2016 e alcançou a marca histórica de 50 milhões de toneladas de cargas movimentadas em menos de 05 anos. Atualmente 543 empresas levam o desenvolvimento econômico, tecnológico e emprego para a região, amparadas nos benefícios fiscais, a segurança jurídica de 20 anos e a liberdade cambial, segundo Andrea Freitas e Silva Maia, Diretora Operacional da ZPE Ceara.
“É essa experiência que estamos trazendo para Cáceres. A grande vantagem de investir nas ZPE’S. De todas as exportações do Ceará, 56% delas saem da ZPE. Estamos em dois municípios São Gonçalo e Caucaia e houve um grande crescimento e desenvolvimento logístico. O PIB aumentou. É isso que vai acontecer aqui. Nós temos 15 ZPE’S autorizadas no Brasil, em operação temos Ceará e Parnaíba. A próxima será a de Cáceres”, concluiu.
Responsável também pelo desenvolvimento de software para a ZPE do Ceará e da ZPE da Parnaíba, as únicas em funcionamento no Brasil, o diretor de negócios da Sete Tecnologia Informática Raimundo Macedo Pinto Junior explicou como será prestada a assessoria dentro de um prazo desafiador.
“Para Cáceres se discute se o projeto de engenharia está adequado com a exigências legais da Receita Federal. Que tipo de contrato deverá ser fechado com fornecedores de serviços, sistema de segurança, assessoria as empresas com o processo de entrada e autorização junto ao conselho de ZPE’S, ligada ao Ministério da Economia, enfim, vamos dar toda a assessoria para que a ZPE seja alfandegada entre em operação. Dezembro é nosso primeiro prazo de finalização, porém se houver imprevisto, acreditamos que até fevereiro de 2023 estará em funcionamento”, afirmou.
Após 30 anos, o Governo do Estado Mauro Mendes retomou as obras da Zona de Processamento de Exportações (ZPE) de Cáceres, no dia 20 de fevereiro de 2020.
a ZPE de Cáceres dará a possibilidade de abertura para o mercado internacional. 100% do que as indústrias produzirem no local poderá ser exportado ou vendido no mercado interno, conforme a legislação vigente.
As Zonas de Processamento de Exportação caracterizam-se como áreas de livre comércio com o exterior, destinadas à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados no exterior.
As empresas que se instalam em ZPE têm acesso a tratamentos tributário, cambiais e administrativos específicos.