A persistência para saber lidar com a imprevisibilidade da natureza e paixão por ela e seus desafios são duas características do dia a dia do fotógrafo Henrique Olsen, que se apaixonou pelo Pantanal de Mato Grosso e pelas onças-pintadas e passou a trabalhar no bioma atrás dos mais belos e incríveis registros do maior felino das Américas.
No Dia Nacional da Onça-pintada, celebrado nesta terça-feira (29), ele conversou com o g1 sobre a rotina, os desafios da profissão e como é levar ao mundo as belezas do estado e de outros locais do país pelo seu olhar.
Olsen começou a carreira como fotógrafo de arquitetura, mas, cansado da rotina na cidade, decidiu buscar um novo estilo de vida. Por seis anos, visitou, fotografou e apurou seu olhar pela América Latina. Em 2020, quando o Pantanal foi atingido pelas piores queimadas na história, causando a morte de mais de 17 milhões de animais, Olsen passou a se dedicar ao bioma para mostrar a importância da preservação da fauna e da flora.
"Eu virei um fotógrafo especialista de onça-pintada, mas eu tenho toda essa paixão por estar na natureza, por fotografá-la", contou.
Desde que conheceu o Parque Estadual Encontro das Águas, entre os municípios de Poconé e Barão de Melgaço, Olsen passou a visitar o local com frequência.
Onças flagradas no Pantanal de MT — Foto: Henrique Olsen/Cedida
Natureza: dia a dia da fotografia
Para o fotógrafo, a natureza é um dos mais complexos ambientes para se trabalhar por estar sempre em mudança. "Quando eu pego a minha câmera de manhã para ir no barco procurar os bichos, eu não sei o que vai acontecer. Eu sei que eu posso talvez ver uma onça, talvez ver uma outra espécie. A gente sempre se surpreende", afirmou.
Graças à paixão pela fotografia, ele conseguiu aliar o trabalho à natureza e se descobriu no Pantanal. "Mostrar as onças-pintadas ao mundo através do meu olhar tem sido muito gratificante”, disse.
Onça-pintada flagrada em Porto Jofre — Foto: Henrique Olsen/Cedida
O trabalho fotográfico, segundo ele, começa muito antes de qualquer viagem. Inicia-se com estudo, com consultas no computador e com a preparação dos equipamentos. Tendo uma boa base técnica, estando atento às despesas da viagem e aos riscos dos locais, somente depois pode-se deslocar ao campo, na prática, de câmera na mão e olhar aguçado.
"Para fazer as imagens das onças, a gente se desloca de barco pelo rio, em Porto Jofre, onde eu mais trabalho. Então, no dia anterior já gera uma expectativa e, às vezes, a gente até sonha com o dia seguinte. Isso já aconteceu várias vezes e pensei: 'Queria ter fotografado', mas era só no sonho", disse.
Segundo ele, a expectativa e a ansiedade faz parte do trabalho.
"Com isso, já acorda pilhado para estar desde o nascer do sol, já na primeira hora, por causa da luz. Então, além de você ter que lidar com essa incerteza do que vai ver na natureza, ainda fica torcendo para que os flagrantes aconteçam na hora da melhor luz" , explicou.
Olsen trabalha como autônomo e os rendimentos vêm da venda de impressões de arte, tours para observação da onça-pintada, parceria com agências de turismo e criação de conteúdo digital.
“Tem que fazer o seu caminho. Esteja na natureza e pratique. Tem que praticar muito, porque leva um tempo até se aperfeiçoar. O importante é ter a humildade e estar sempre fazendo as coisas de maneira autoral, achar o seu próprio estilo", orientou.
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