O número de mortes por AIDS reduziu, consideravelmente, nos últimos três anos, em Cáceres. Foram 16 óbitos em 2010 contra apenas 7 em 2012. É o que aponta um relatório do Serviço de Atenção Especializada (SAE), órgão responsável pelo tratamento da doença, no município. O surgimento de novos casos da doença também diminuiu. Em 2010 foram registrados 43 novos casos, contra 36 em 2012. Atualmente existem em 151 pacientes soropositivos em tratamento na cidade. A redução das mortes e do surgimento de novos casos é atribuída às campanhas orientativas e, principalmente, a procura imediata, por tratamento. “As campanhas orientativas alertaram as pessoas. Hoje, os infectados pelo vírus procuram tratamento mais cedo. E, isso acaba facilitando o tratamento. Tomando o medicamente adequadamente, as pessoas convivem a vida toda com a doença” explica enfermeira do SAE, Elaine Alves de Carvalho. Ao todo foram a óbito pela doença nos últimos três anos, trinta e cinco pessoas, sendo 16 em 2010, 12 em 2011 e 7 em 2012. De acordo com o SAE, apesar das mulheres estarem contraindo mais a doença, em relação aos homens, são pessoas do sexo masculino que mais vão a óbito. Das 16 mortes registradas em 2010, 12 foram de homens contra 4 de mulheres. Em 2011 morreram 9 homens e 3 mulheres. Já em 2012 foram a óbitos 5 homens contra 2 mulheres. “Geralmente, os homens são mais relutantes ao medicamento. Sem contar que muitos abandonam o tratamento e, por isso, acabam morrendo” explica a enfermeira revelando que, nos primeiros 15 dias deste ano, o SAE já registrou 3 novos casos da doença. Sendo duas mulheres e um homem. O surgimento de novos casos também foi considerável, nos últimos dois anos, conforme o relatório. Foram registrados em 201, 172 casos, sendo 85 homens e 87 mulheres. Em 2012 o índice caiu: foram 147 casos, dos quais 76 mulheres e 71 homens. Desse total, apenas 4 pessoas acima de 60 anos, sendo 4 mulheres e 2 homens. Desde a sua fundação em 2008, conforme a enfermeira, foram registrados 6 casos de infecção de crianças e, apenas 1 foi a óbito. De acordo com Elaine Carvalho, o Serviço de Atenção Especializada e o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) dispõem de estrutura e medicamentos para atender todos pacientes. “Todos recebem o medicamento gratuito do SUS, através do SAE, inclusive, leite para amamentar as crianças filhas de mães que contraíram o vírus”