Professores paralisados
Por Diário de Cuiabá
21/04/2013 - 07:38
As aulas estão suspensas da rede estadual e municipal de ensino esta semana. A partir de segunda-feira (22) os professores começam uma paralisação com o objetivo de discutir melhorias para o setor. O final das atividades será marcado por uma assembeia geral, na qual será analisada a proposta do governo. Caso a categoria não concorde com o documento, o indicativo de greve por tempo indeterminado será votado.
A assembleia acontece às 14h de sexta-feira (26) no colégio Presidente Médici.
Somente na rede estadual, mais de 450 mil alunos estão matriculados e vão ficar sem frequentar as aulas nas mais de 450 unidades estaduais, distribuídas pelo Estado.
Entre as reivindicações está a garantia de direitos como a implementação do piso salarial, a garantia da hora atividade aos contratados temporariamente, aplicação do percentual correto de 35% na área da educação, o chamamento imediato dos classificados no último concurso público e a melhorias das estruturas físicas das escolas.
O calendário de mobilização previsto pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) é de três dias na maioria do país, mas no Estado os educadores ampliaram o período.
Presidente do Sindicato dos Trabalhados do Ensino Público (Sintep), subsede Cuiabá, João Custódio da Silva explica que os educadores buscar a valorização profissional e ainda o investimento do governo na Educação.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) Henrique Lopes diz que os desvios de recursos da educação para outras áreas e a desvalorização profissional de professores, técnicos e apoios administrativos prejudica a qualidade do ensino. “A Constituição Estadual prevê aplicação de 35%, mas o que vemos é a verba sendo destinada para outras áreas”.
Na pauta de reivindicações nacional a categoria em Mato Grosso defende junto com os trabalhadores de todo país a aprovação imediata do Plano Nacional de Educação (PNE), que aguarda por aprovação no Senado, a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na área da Educação e a destinação dos recursos do petróleo para a mesma rubrica.
Durante a próxima semana os trabalhadores da educação da rede municipal e estadual promoverão várias manifestações e atos públicos convocando a sociedade para a discussão de melhorias para a educação em Mato Grosso.