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Professores da UFMT entram em greve
Por Diário de Cuiabá
15/05/2012 - 10:52

Foto: Diário de Cuiabá
Com três votos contrários, cinco abstenções e ampla maioria a favor, a greve dos professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foi aprovada e se inicia oficialmente na próxima quinta-feira (17), por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembléia geral na tarde desta segunda-feira (14); a votação foi aberta tanto para docentes sindicalizados quanto para os que não fazem parte do sindicato. O “movimento” é continuação de outra paralisação realizada há pouco menos de um ano. Na época a reivindicação era por reajuste salarial. Desta vez, a causa inicial é o atraso do cumprimento do acordo de 4% de aumento, incorporação da Gratificação Específica do Magistério Superior (Gemas) e reestruturação da carreira de docente, feito na primeira ocasião, em abril de 2011. Outra exigência é a realização de concurso público para o preenchimento de 176 vagas. Ontem houve a assinatura da MP-568 autorizando o tal reajuste e a incorporação da gemas, no entanto nada foi dito em relação ao questionamento da carreira. O presidente da Adufmat, professor Carlinhos Eilert, classifica a assinatura desta MP como uma forma de o governo ‘enrolar’ a categoria outra vez. O movimento será praticamente nacional. Nos dias 21 e 22 de abril, em reunião no Sindicato nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), das 36 instituições presentes 33 já estavam com o indicativo de greve aprovado para o dia 17. Durante a votação na UFMT, 160 professores estiveram presentes acompanhados por inúmeros alunos que, em sua maioria, apoiavam a decisão. “Os professores foram ludibriados e agora estão dentro do direito deles de protestar. Essa greve não será infundada”, opina a estudante do curso de Arquitetura e Urbanismo, Thayla Ticianel, de 20 anos. Outra assembleia será realizada para apontar o início da paralisação, bem como dar continuidade a outros encaminhamentos. Os docentes dos campi de Sinop e Barra do Garças, que são da mesma seção sindical que Cuiabá, vão acompanhar o movimento grevista. Os integrantes do manifesto afirmam que entre os objetivos está a “sensibilização da opinião pública no que diz respeito à desvalorização da carreira que já ocupou lugar de status e respeito, porém há mais de duas décadas vem enfrentando displicência dos governos”.
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