JBS assume controle da Tannery do Brasil em Cáceres
Por João Arruda
05/05/2013 - 05:53
Incerteza, eventuais transações envolvendo toda a planta da Tannery do Brasil em Cáceres, e ainda supostos crimes ambientais com mortes de dezenas de aves, esse é o panorama enfrentado nos últimos dias pelos trabalhadores da principal indústria de curtume na região Oeste de Mato Grosso. A empresa criada em 1994, com financiamentos a –fundo perdido – da então Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), tinha como meta processar o couro bovino oriundos dos abatedouros e de frigoríficos de toda a aquela região.
De acordo com carta remetida à redação, desde o inicio do mês de abril (dia 08/04), todas as atividades foram mantidas, entretanto sob a coordenação administrativa de pessoas ligadas a JBS – Friboi que teria comprado a planta de Cáceres. Diante disso, não há maiores informações quanto ao futuro dos trabalhadores. O que sabe. É que os salários dos atuais empregados da Tannery estão sendo quitados pela JBS/Friboi. Todavia as faturas relativas a comercialização de couros curtidos as notas fiscais continua sendo emitidas pela razão social da Tannery do Brasil.
Outra situação denunciada na carta se refere a ausência de cuidados com resíduos industriais que estariam sendo depositados em locais impróprios em áreas de preservação, de acordo com a mesma carta, aves estariam sendo contaminadas com lixos tóxicos e morrendo. Detalhe a localização da Tannery está a poucos metros da baía das Pombas e do rio Paraguai ambientes povoado por aves e animais do Pantanal Mato-Grossense.
Os funcionários da Tannery temem calote em seus direitos trabalhistas. Eles ameaçam a acionar o Ministério do Trabalho, o Ministério Publico do Trabalho e ainda os órgãos ambientais quanto aos danos que estão sendo produzidos dentro da área de responsabilidade da Tannery do Brasil, que atualmente estaria urdindo uma “barganha” patrimonial não qual não estão inseridos os empregados, segundo a denuncia, tudo vem sendo tramado as escondidas sem qualquer transparência com os operários, muitos deles com mais de 10 anos de serviços prestados. “Nós queremos o acompanhamento do Ministério do Trabalho, do Ministério Publico do Trabalho, não podemos ficar nessa situação, sem qualquer posição oficial da Tannery, estamos sem qualquer orientação, o pessoal da Friboi entrou aqui e pronto” disse por telefone um dos empregados que está na empresa há mais de cinco anos.
HISTORICO
Em 1994, a Tannery registrou um acidente de trabalho dentro de seu parque industrial, dois trabalhadores morreram instantaneamente com terem contato com produtos químicos, visto que portavam equipamentos de proteção. Um terceiro ficou gravemente ferido morrendo anos depois, supostamente em consequência de lesões provocadas nos órgãos internos por ingestão de produtos químicos utilizados para curtir couro bovino. O caso teve enorme repercussão em todo estado.
Além disso, a empresa sempre teve associada a si, o fato de suas lagoas de decantação exalar odores que inibem até mesmo o apetite para refeições em escolas como (IFT-MT) onde mais de 500 alunos e ainda cerca de 150 professores cumprem jornadas diárias, ocorre que a Tannery foi instalada a pouco mais de 700 metros dessa escola federal e de pousadas situadas a margem da baía da Pombas.
A reportagem tentou um contato com a direção da Tannery, mas obteve retorno, o diretor atendue o telefone mas preferiu não conceder qualquer declaração e ainda pediu para seu nome não fosse citado na matéria. Ele porém confirmou a presença de gestores ligados a Friboi. (João Arruda).
Leia a abaixo a carta recebida pela reportagem sobre a grave situação vivida pelos empregados da Multinacional Tannery do Brasil S.A. em Cáceres, a mensagem traz a assinatura de mais de 40 colaboradores, entretanto o Jornal não publicará os nomes para evitar eventuais retaliações contra os mesmos. (João Arruda).
Tannery teve inicio das atividades de produção em maio/93, empresa esta criada com recurso público através da "Sudam" superintendência do desenvolvimento da Amazônia dinheiro do povo, em 1994 teve um grave acidente com (02) duas mortes e vários feridos com gravidade de 1993 a 2009 a Tannery dominou o mercado do couro na região explorando um mercado com matéria prima com facilidade de compra tendo como fornecedores de grande porte como Frigorífico Guaporé, frigorífico Araputanga, frigosafra em Mirassol do Este, SX Quatro Marcos etc... E seguindo esta linha de exploração atuando dentro de uma região com carência de emprego explorou ao máximo a mão de obra de nossos irmãos cacerense onde nesses 20 anos de produção tivemos várias sequelas com danos a saúde, no dia 8/4/13 sem nenhum respeito a nós funcionários, nem se quer uma reunião para comunicar aos funcionários o porque dessa decisão, simplesmente informou aos funcionários da administração sua decisão," deveria fazer como saudoso Sr.Pedro Correia (frig. Guaporé) que reuniu seus colaboradores informando que estava vendendo a empresa e aqueles que não fossem continuara iria pagar todos os direitos trabalhista e quem fosse continuar desejou toda sorte a todos papel de homem sério que soube agradecer e valorizar seus funcionários de longa data" Agora o diretor da Tannery não teve nenhum respeito com este que lhe serviu, nem com a cidade que serviu como base exploração, com ninguém logico é isso que acontece com os megas empresários usam o recursos que é dinheiro do povo com pretexto de gerar emprego e renda para uma região, mais uma vez ficou comprovado que eles faz parte de uma parcela de mafioso que ao ver mudança no mercado pula fora e deixa sujeira pra traz e hoje se junta com uma empresa tida como a maior do mundo na produção de proteína animal, que também vive com sangue do povo (dinheiro do governo através do BNDS), Nós funcionários estamos ainda sem entender pois somos funcionários da Tannery mas quem nos paga nossos salario é JBS, a administração é do JBS, quem paga as despesas é JBS mais as nota fiscais é em nome da Tannery existe uma preocupação generalizada colegas pedindo conta pelo descontentamento com tudo como esta sendo feito, mande um alerta ao Ministério do trabalho pois eles não querem dispensar quem não quer ser administrado pelo JBs, mande um alerta ao Ministério publico federal pela manobra como esta sendo negociado com vestígio de pura malandragem por uma parte pelo desinteresse em manter o negócio outro por que pega mais uma empresa de forma fácil (galinha morta) João Arruda vai la na chácara da tannery olha em um mês da administração deles oque eles fizeram lotaram de resíduo em local não permitido, passarinhos estão morrendo no meio do lixo industrial em local errado vai lá tira umas fotos entra na chácara na rua sempre no lado direito eles estão acabando com aquele lugar coisa que eu não aceito eles vão acabar a SEMA precisa ver as fotos, os funcionários precisam receber seus direitos, João Arruda se vc ver que pode dar problema pra vc deixa quieto esse pessoal é perigoso eles podem mover ação contra vc.