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Região teve focos da raiva bovina
Por G1 MT
26/05/2013 - 09:50

Foto: arquivo
Mais dois focos de raiva em bovinos foram registrados em Mato Grosso neste ano, de acordo com o Instituto Nacional de Defesa Agropecuária (Indea). Desta vez foi no perímetro da cidade de Chapada dos Guimarães, na região Centro-Sul do estado. Em todo o estado, entre os meses de janeiro a maio deste ano, o número de incidências já chegou a 27. Conforme o Indea, os casos da doença no estado diminuíram nos últimos dois anos. Em 2011 foram 86 registros da raiva bovina, já em 2012 foram 68 notificações, ou seja, uma queda de 20%. Todavia este valor é próximo da média dos últimos sete anos, 76,7 incidências. O médico veterinário do Indea, responsável pela raiva em herbívoros, Hernani Machado de Lima, recomenda que o pecuarista sempre deve observar se no rebanho há animais com comportamento diferente. “Quando o criador suspeitar que o animal contraiu a raiva, deve informar imediatamente o Indea para que as medidas corretas possam ser tomadas. Nestes casos, um veterinário vai até a propriedade verificar a situação e orientar o produtor”. Machado disse também que as cidades de Mato Grosso que possuem mais incidências de casos de raiva em bovinos são: Poconé, Pontes e Lacerda, Vila Bela da Santíssima Trindade, Porto Esperidião, Cáceres e Água Boa. “Outra cidade que também teve muitos problemas com a doença, é Rosário Oeste. Entre 2008 e 2009 nos tivemos muitos registros de raiva em bovinos lá, e a medida tomada para resolver o problema foi fazer uma campanha com os criadores para a conscientização do uso da vacina de prevenção”. O diagnóstico da raiva em bovinos só pode ser dado depois da realização de um exame com a medula ou o cérebro do animal, por isso só acontece depois da morte do mesmo. Depois que o animal é sacrificado ele deve ser imediatamente enterrado para que não represente nenhum risco de contaminação para as pessoas. A raiva em bovinos pode ser transmitida para seres humanos quando a pessoa entra em contato com a saliva do animal doente. Por isso, o criador que encostar no animal infectado deve procurar um posto de saúde e pedir orientação médica. Não é comum que a transmissão da doença de bovino para bovino. A doença é transmitida por meio dos morcegos hematófagos, ou seja, aqueles que se alimentam de sangue. Quando o voador, portador do vírus, morde o animal acontece a contaminação. Se o boi já está infectado não existe outra saída, pois o estágio final da doença é a morte. Benedito Cunha Gonçalves, um dos criadores do município de Chapada do Guimarães, enfrentou o problema recentemente em sua propriedade. De acordo com ele, a novilha infectada aparentava cansaço. “Quando eu percebi que um dos animais estava recluso, deitado num canto, eu fiquei preocupado e logo chamei o Indea. Foi a primeira vez que aconteceu um caso de raiva com a minha criação. Eu não sabia bem o que fazer”. O criador disse que a novilha de sua propriedade já foi enterrada. Gonçalves não chegou tocar no animal, mas aprendeu que é preciso ter o maior cuidado se houver necessidade de manuseio. Se preciso for, este trabalho deve ser feito mediante o uso de luvas. Em uma outra propriedade, onde também foi registrado o problema da raiva bovina, as pessoas disseram que não entraram em contato com animal, no entanto precisaram ser examinadas. A enfermeira da Secretaria de Saúde de Chapada dos Guimarães, Janete Farias, conta que foi até a fazenda mas explica que a visita é por precaução. “As três pessoas que estavam na propriedade foram vacinadas com a anti rábica humana”.
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