Agentes prisionais apreenderam 105 celulares e 238 chips, além de dezenas de baterias, com detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE) considerada de segurança máxima. As apreensões ocorreram durante quarto dias – de terça a última sexta-feira -, nos Raios 1,2,3 e Sheldon. Do total de celulares, ao menos seis são smartphones (celulares com internet), nos quais os detentos tinham acesso a internet, podendo navegar pelas redes sociais e principalmente, atualizar a página de seu facebook. Segundo os agentes, a maior parte – 55 – estava na Ala Sheldon, onde foram apreendidos 134 chips de diversas operadores, sendo 120 da Claro, todos pré-pagos. Policiais militares que participaram da revista acreditam que outra quantidade, possivelmente superior ao total apreendido ainda esteja em poder dos detentos. “Os presos conseguem esconder os celulares, principalmente os pequenos”, disse um PM. Os policiais apreenderam também nesses quatro dias, 296 trouxas (pequenas e médias) de pasta-base de cocaína, 192 trouxas (pequenas e médias) de maconha, além de três barras – cerca de 300 gramas -, estourando uma das maiores bocas-de-fumo dentro de uma unidade prisional. Para policiais do Plantão Metropolitano da Capital, com tantos celulares, os presos tinham contato diário com familiares e se mantinham em atividades criminosas, mesmo atrás das grades. “Temos muitos casos de presos que foram indiciados por prática de crimes, mesmo recolhido ao Presídio Central do Estado, graças à escuta telefônica”, lembrou um policial. O que chama a atenção são os celulares grandes, impossíveis de serem camuflados dentro das partes íntimas das visitas. Entre os apreendidos está um smartphone de cinco polegadas. “Os aparelhos pequenos podem ser levados nas partes íntimas, mas os grandes, é impossível”, observou um policial. Os aparelhos apreendidos serão encaminhados para a Delegacia do Complexo do Planalto, onde será instaurado inquérito para apurar como os celulares conseguiram entrar e em nome de quem estão os chips apreendidos.