Greve dos servidores da Prefeitura entra no sexto dia
Por assessoria
23/07/2013 - 10:05
Centenas de Servidores da prefeitura de Cáceres fizeram ontem, 22, uma passeata pelas principais ruas do centro da cidade. Em bicicletas, motos e carros e portando faixas e cartazes, eles protestaram contra o atrasado no pagamento dos salários e a falta de revisão da tabela salarial que faz com centenas de trabalhadores estejam recebendo menos que um salário mínimo.
Durante o ato, os manifestantes distribuíram uma carta onde explicam as razões da greve e criticam a gestão atual, que classificam de incompetente e pedem a compreensão e o apoio da população.
Em um dos trechos do documento, os servidores afirmam que o atendimento das suas reivindicações também implica em melhoria da qualidade vida de todos os munícipes.
Eles relatam que o caos está instalado por toda cidade e principalmente na administração pública. Citam que além de não dar conta sequer de tapar buracos, manter a iluminação e a limpeza pública, a atual gestão não consegue melhorar as escolas e as unidades de saúde.
Os trabalhadores denunciam que escolas estão caindo aos pedaços, não possuem carteiras e nas unidades de saúde faltam médicos, medicamentos, luvas, papel higiênico e até água potável.
Em órgãos como o Procon e o CRAS, dizem, faltam móveis, telefone, internet e papel, comprometendo seriamente a eficiência na prestação do serviço público.
Na carta, os trabalhadores ressaltam que desde que assumiu, o atual prefeito vem tentando atribuir aos servidores o caos em que se encontra a prefeitura, desviando a atenção de um fato: em seis meses, o empresário com fama de bom administrador, se mostrou ineficiente como gestor público.
E citam que um exemplo é que o município tem recursos, mas em seis meses não teve competência para comprar remédios, mobiliários, lâmpadas, materiais de escritório, papelaria, peças automotivas, merenda escolar, bem como, para promover licitações para obras com recursos em caixa.
Durante o manifesto, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSPM), criticou a atual administração, que preferiu recorrer a Justiça para por fim a greve ao invés de dialogar com a categoria.
Segundo Lima, a intransigência do prefeito Francis Maris, paralisou a prefeitura e prejudica a população e a própria gestão. Ele citou como exemplo a adesão ao movimento dos Procuradores, fiscais do setor de arrecadação e trabalhadores da Secretaria de Obras.
Os servidores em greve geral desde a última quarta-feira, 17, reivindicam o pagamento dos salários em dia, reajuste da tabela salarial conforme a atual jornada de trabalho, melhoria nas condições de trabalho, pagamento de horas extras e tratamento respeitoso por parte da equipe da atual gestão.
Paralelamente as manifestações, o SSPM está promovendo reuniões diárias em sua sede com os trabalhadores para discutir a atualização do Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS).