Tragédia no Pantanal: após 15 dias, corpo de piloteiro continua desaparecido
Por Diário de Cáceres/Clarice Navarro Diório
08/08/2013 - 12:50
"Transcorridos 15 dias do acidente, achamos difícil encontrar o corpo da segunda vítima do acidente, mas nossos piloteiros continuam atentos". A declaração é do gerente do Hotel Baiazinha, Thiago de Pinho Silva. A vítima, no caso, trata-se do piloteiro que tralhaba no hotel,Wandenor Alves de Jesus, 43, conhecido como Claudio, que residia no bairro Guanabara, em Cáceres. O acidente aconteceu no dia 26 de julho, envolvendo três pessoas, o piloteiro e dois turistas. Um turista morreu, e na segunda-feira, 29,o proprietário do Baiazinha, conhecido como Lelo, ajudava nas buscas e encontrou na Baia dos Marimbondos, a 2,5 km do local do acidente, o corpo. Era o empresário Eduardo Donizete Francisco, de 39 anos. Ele era paulista e residia em Minas Gerais.
O grupo de pesca era formado por turistas de vários estados, que pescam todos os anos no Pantanal em Cáceres. Havia chegado no Hotel, que fica a 80 quilometros da cidade, na quinta-feira, 25. O turista Gustavo Casagrande Cabeça, de 34 anos, que estava na embarcação, sobreviveu.
O acidente aconteceu por volta das 13 horas,no rio Paraguai, quando os três retornavam ao hotel para almoçar. Segundo o depoimento do sobrevivente, uma rajada de vento e a velocidade da embarcação foram os motivos do acidente. Ainda segundo ele, eles já haviam alertado o piloteiro para que diminuísse a velocidade.
Quando o barco virou, Gustavo conseguiu boiar e o piloteiro foi tentar ajudar Eduardo, que se debatia. Foi agarrado pelo turista e ambos afundaram. Nenhum dos três usava colete salva-vidas. A embarcação também submergiu e não foi encontrada.
A esposa de Lelo, Lúcia de Pinho, informou que os funcionários do hotel prosseguiram as buscas. "O barco não importa. Queremos encontrar o corpo de Cláudio, que trabalhava conosco há muito tempo". As buscas iniciais foram feitas durante dois dias por mergulhares do Corpo de Bombeiros com o apoio da Marinha, e por uma semana, com a utilização de embarcações. A esperança era que o corpo acabasse flutuando, como aconteceu com o corpo de Eduardo. "Os piloteiros, que tem grande conhecimento sobre fatos como este, acham que depois deste tempo o corpo não flutua mais. Deve ter ficado preso a algum obstáculo. Mesmo assim, em todas as saídas com embarcações, a orientação é para que continuem procurando"-concluiu Thiago.