Lideranças e produtores rurais participam da abertura da Bienal da Agricultura
Por Ascom/Famato
09/08/2013 - 09:15
Cerca de mil pessoas estiveram na abertura da Bienal dos Negócios da Agricultura Brasil Central na noite de quinta-feira (08.08) no Cenarium Rural, em Cuiabá-MT. Produtores e lideranças rurais, estudantes, profissionais do setor e nomes importantes da política brasileira prestigiaram este que é um dos mais importantes eventos do setor. Estiveram presentes na solenidade o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, os senadores Blairo Maggi (PR), Pedro Taques (PDT), Kátia Abreu (PSD-TO), senadora e presidente da Confederação da Agricultura, Pecuária do Brasil (CNA) e Neri Geller, secretário de Política Agrícola do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), entre outras personalidades.
A Bienal se estende até esta sexta-feira (09.08), um dia de importantes discussões e debates acerca de temas fundamentais para o fortalecimento da agricultura brasileira. “Este é o maior evento do Centro-Oeste relacionado à agricultura brasileira. Sabemos que, dentro de pouco tempo, o Centro-Oeste irá produzir mais grãos que todo o restante do país, já sendo responsável por 42% da produção nacional e gerando renda e superávit na balança comercial brasileira”, observou Rui Prado, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).
Entre os temas debatidos durante o evento estão problemáticas hoje enfrentadas pela agricultura, como a falta de mão de obra qualificada no campo, a cobrança de royalties e a sucessão familiar. “Este evento é dinâmico e nele queremos discutir os assuntos do momento, mas também olhando pelo menos uma década para frente, porque sabemos que a iniciativa privada trabalha em velocidade muito maior que o poder público. Isso gera enormes desafios para nós que produzimos”, destacou Prado.
A logística está entre os temas de destaque com a apresentação de um completo diagnóstico dos caminhos e dificuldades de escoamento do que é produzido na região Centro-Oeste. “Esta é uma discussão fundamental. Os desafios são grandes, perdemos em competividade com os custos elevados de escoamento”, ressaltou Claudinei Rigonatto, superintendente da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), entidade parceria na realização da Bienal juntamente com a Famato e as Federações de Mato Grosso do Sul (Famasul) e do Distrito Federal (Fape-DF).
Para a senadora Kátia Abreu, o estudo de macrologística confirma a urgência de solucionar um dos maiores entraves à economia brasileira. “A inserção deste tema na Bienal reafirma a necessidade de construção de um sistema de logística no país. Temos que acelerar a vinda de políticas públicas. Em cinco anos teremos um Brasil diferente”, destacou Kátia.
Já o senador Blairo Maggi ressaltou os desafios da sucessão familiar nos negócios do campo como algo que deve ser priorizado na agenda dos empresários rurais. Ele citou como exemplo o próprio grupo do qual é um dos fundadores (Grupo André Maggi). “Iniciamos a sucessão em nosso negócio e isso não se trata simplesmente de algo de pai pra filho. Sucessão é muito mais amplo e envolve o dia a dia e a perenidade do negócio. E isso é algo estratégica para quem produz, faz parte da cadeia do agronegócio e quer seguir firme no mercado, de forma sustentável”, destacou Maggi.