Vereador Cabo Pinheiro endurece críticas ao atual prefeito
Por ZAKINEWS/Wilson Kishi
22/08/2013 - 16:01
“Eu fui eleito pelo povo e estou do lado de vocês. Não vou compactuar com o atual prefeito que já é sem dúvida nenhuma, o pior prefeito que Cáceres já teve”, esta frase foi dita pelo vereador Cabo Sebastião Pinheiro (PRTB) hoje pela manhã durante reunião do Sindicato dos Servidores Públicos Municipal – SSPM. O vereador chegou a exaltar o tom durante seu discurso, dizendo que não houve nenhuma armação para receber Neuci às portas fechadas, rebatendo a fala do servidor Luiz da Guia Cintra de Alcântara que acusou a tentativa dos vereadores de querer ouvir a secretária de Educação Neuci Longhi no gabinete do presidente da Câmara Alvasir Alencar (PP).
O vereador Cabo Pinheiro foi o único parlamentar a se fazer presente no ato promovido pelo sindicato no primeiro dia desta nova greve iniciada hoje. Pinheiro também preside a CPI da Saúde, que já se encontra com 15 dias de trabalho.
O prefeito Francis Maris Cruz (PMDB) até que tentou impedir a paralisação, que chega na sua quarta vez somente nesta gestão. O prefeito encaminhou ofício nº 656/2013, relembrando todo o esforço da atual administração de colocar os salários em dia. Lembrou que recebeu a prefeitura com os salários atrasados, inclusive, chegando em alguns casos a dois meses de atraso e hoje já foi pago dentro do 5º dia útil como ocorrido na folha do mês passado.
Ele lembrou que não tem furtado de dialogar com o sindicato desde o início das paralisações, abriu espaços e formou uma comissão para estudar proposta de reajuste na tabela salarial dos servidores e revisão do Plano de Cargos, Carreira e Salários – PCCS. “A comissão deverá definir um reajuste dos vencimentos que seja viável financeiramente para a prefeitura e justa para os servidores”, diz trecho do ofício.
Sobre a proposta de aumento de 37% pleiteado pelo sindicato, a resposta do prefeito é “inviável neste momento”. Justifica que o município encontra em situação econômica bastante delicada e já ultrapassou o limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF com Folha de Pagamento, que é 51,3% do orçamento. “Com esse índice já extrapolado, a Prefeitura fica impedida de fazer incremento salarial, entre outras vedações”, diz em outro trecho do documento.
Ao final, mostrando precavido, Francis informa ao sindicato que o reajuste para as Classes A e B vai ter como referência, previsão orçamentária e financeira o mês de junho de 2014, lembra ele que, sempre respeitando a LFR.
Para a diretoria do sindicato, a resposta do prefeito foi mais um que se repete dos ofícios anteriores. “Estou ficando cansado dessa situação. Tudo se repete no ofício do prefeito, a novidade fica na informação de que o reajuste para as Classes A e B terá como previsão para o mês de junho de 2014, sem definir um percentual”, disse revoltado Claudiney Lima, presidente do Sindicato.
Segundo Lima, a greve está mantida e por tempo indeterminado. No mês de julho os servidores ficaram com as atividades paralisadas de 17 de julho a 02 de agosto, quando o prefeito conseguiu, via Justiça, declarar a greve ilegal.