Oito integrantes de uma quadrilha de traficantes foram presos pela Polícia Civil em Sapezal (a 480 quilômetros de Cuiabá). Três deles executaram o jovem Inocêncio Barbosa Correa, de 22 anos, assassinado de forma macabra – ele foi perfurado por vários golpes de faca, que não o mataram. Mesmo sabendo que o rapaz estava vivo, os criminosos despejaram gasolina e atearam fogo transformando-o numa tocha humana. O crime ocorreu no dia 13 de maio no bairro Águas Claras. A vítima era investigada por tráfico de drogas na cidade. Foram presos Arnoldo Borges de Almeida, Gelliam Patricio de Pinho, Thiago Fernandes de Aquino, Vitor Hugo de Souza Dias, Magno Cesar Fanaia, Gilmar Arcanjo Moreira, Fábio Moretti Carlos e Fabrício Lourenço, sendo os três primeiros envolvidos com o assassinato e os demais com o tráfico de drogas. Os três presos primeiros presos - Gelliam, Thiago e Vitor Hugo - foram surpreendidos pelos investigadores dentro de um banheiro de um posto de combustível da cidade quando tomavam banho. “Eles estavam se lavando e com as roupas sujas de sangue”, disse uma testemunha aos policiais. “Descobrimos que o Inocêncio também estava envolvido em crimes de roubos de veículos. Os carros eram levados para a cidade de Pontes e Lacerda, sendo trocados por drogas”, informou um dos policiais que participou da prisão. Inocêncio era investigado em outros roubos praticados pela quadrilha em Sapezal. Já o bando tinha uma espécie de “Atacadão da Droga”, pois revendia a droga na própria região. De acordo com a delegada Cinthia Gomes da Rocha Cupido, com as três prisões a Polícia Civil identificou outras cinco pessoas envolvidas no esquema de tráfico. “Magno foi preso próximo a um hotel na cidade com 100 gramas de pasta-base de cocaína. Gilmar, Fabio e Fabrício revendiam a droga na cidade. E também foram reconhecidos por uma vítima de roubo. Conforme testemunhas, eles agiam sempre com muita violência”, especificou a delegada. Arnoldo foi o último a ser preso. A Polícia Civil conseguiu localizá-lo na quinta-feira, em um bar em frente ao hotel onde costumava a se hospedar. Com Arnoldo os investigadores apreenderam R$ 320, além de três pedras de pasta-base de cocaína. No quarto do hotel, os policiais encontraram mais de 100 gramas de cocaína, prontos para serem comercializados. Arnoldo é considerado o articulador da quadrilha