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Governo de MT:quatro disputam tabuleiro da sucessão
Por Eduardo Gomes/Diário de Cuiabá
06/10/2013 - 17:01

Foto: arquivo
Silval Barbosa (PMDB) é inelegível para governador por exercer o cargo em segundo mandato consecutivo. O nome mais forte à disputa seria o do senador e ex-governador Blairo Maggi (PR), que demonstra desânimo político e descarta essa possibilidade. Nesse cenário, a disputa está aberta e os nomes dos candidatos estão postos à mesa bem antes das convenções de julho de 2014. Os candidatos ao governo estão definidos, mas nem tanto, porque entre eles e o registro das candidaturas há um emaranhado de articulações para composição das chapas, das coligações, dos nomes ao Senado e das listas para deputado federal e estadual. O primeiro nome que entrou na disputa ao governo foi o do senador pedetista Pedro Taques. No final de agosto, os republicanos lançaram o ex-prefeito de Água Boa, Maurício Tonhá. No apagar das luzes da data-limite para filiação o empresário Eraí Maggi Scheffer, que acabara de sair do PDT, botou o chamegão numa ficha do PP abonada pelo deputado federal Pedro Henry. Aos três se soma outro nome: Julier Sebastião da Silva, que recebe todos os afagos do PT, desde o mais humilde militante ao ministro Gilberto Carvalho, para que troque o quanto antes a toga de juiz federal em Cuiabá pelo palanque da bandeira vermelha com o número 13 ao meio. Além de Eraí, Taques, Julier e Maurício Tonhá deverão concorrer ao governo dois nomes de partidos nanicos: Mauro Barros, mais conhecido por Procurador Mauro (PSOL), e o jornalista José Marcondes, o Muvuca (PHS). O primeiro disputou eleições majoritárias nos últimos anos, mas sem bom desempenho nas urnas. Muvuca assume uma candidatura atípica por se encontrar filiado a um partido pequeno, com horário eleitoral reduzido e sem estrutura nos municípios. Mesmo sem entrar diretamente na disputa ao governo, PSDB, DEM, PMDB e PSD numa escala maior e, PTB em menor dimensão, sabem que a sucessão de Silval também passa por eles. O senador e ex-governador democrata Jayme Campos é o candidato natural de seu partido ao Senado, mas essa candidatura terá que navegar por composições partidárias, inclusive com viés nacional. O tucanato, que é aliado nacional do DEM, guarda no bico o nome do deputado federal Nilson Leitão, na esperança de lançá-lo companheiro de alguma chapa ao Paiaguás. Os tucanos embalam esse sonho com paciência beneditina enquanto as pedras se acomodam, para ver onde essa esperança poderá ganhar forma real. O presidente regional do PMDB e deputado federal Carlos Bezerra costura juntamente com Silval um papel de destaque para sua legenda. Bezerra é considerado mão de pilão quando se trata de defender os interesses peemedebistas. Isso significa que a composição independe do coligado, desde que lucrativa, é claro! Nenhuma página política se vira em Mato Grosso sem passar pelo crivo do deputado estadual e campeão de votos José Riva, que é o principal líder do PSD. Mesmo inelegível por condenação colegiada Riva continua dando as cartas, em todas as regiões, e sabe muito bem o peso político que transfere a quem apoia. Sem nome ao governo Riva jogou na fogueira da disputa ao Senado o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), Rui Prado, mas o fez num gesto típico de quem grita sem saber se assusta ou se agrada. O PTB é um nanico regional com pose de grande e entrará na disputa com a ex-senadora Serys Slhessarenko tentando voltar ao Senado. O principal nome petebista é Luiz Antônio Pagot, que deverá concorrer à Câmara e que não faz segredo sobre quem apoiará ao governo: Taques. Resta saber como ficaria Serys caso Taques apoie outro nome ao Senado. Por enquanto a disputa está somente no campo político e nenhum candidato abordou a situação administrativa do Estado, que está ao fio da navalha. O silêncio sepulcral coletivo é estratégico porque ninguém sabe quem será seu aliado ou adversário em outubro de 2014. Por isso, são mantidos debaixo do tapete os endividamentos para a construção da Arena Pantanal, para a implantação do veículo leve sobre trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande, e para a execução do programa rodoviário “Mato Grosso Integrado, Sustentável e Competitivo”; também não se fala no envelhecimento dos efetivos da Polícia Militar e dos técnicos da Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana; todos desconversam sobre o funil previdenciário que o Estado terá que enfrentar; e por isso não se aponta saída para a crise que mantém os professores em greve há mais de 50 dias, e nem para o esgoto sem tratamento que é lançado nos rios em Cuiabá e nos demais municípios.
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