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Arcanjo é condenado a 19 anos pela morte de Sávio Brandão
Por DÉBORA SIQUEIRA E LISLAINE DOS ANJOS/Midianews
24/10/2013 - 20:54

Foto: TJ
O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro foi condenado a 19 anos de reclusão pelo crime de mando do assassinato do empresário Sávio Brandão, ocorrido no dia 30 de setembro de 2002, em frente ao jornal Folha do Estado. A sentença saiu 11 horas após o início do julgamento, sendo quatro votos a favor de sua condenação e três a favor de sua absolvição. "Condeno o réu João Arcanjo Ribeiro, qualificado nos autos, à pena privativa de liberdade de 19 anos de reclusão em regime fechado", declarou o juiz Marcos Faleiros, que conduziu o julgamento. A sentença terminou de ser lida às 19h32 desta quinta-feira (24). Por maioria, o Conselho de Sentença concordou, ainda, com as qualificadoras do crime, cometido por motivo torpe e sem dar chance de defesa à vítima. A decisão demorou cerca de dez minutos para ser tomada, após os sete jurados se reunirem na sala secreta. O julgamento teve início por volta das 8h45 desta manhã e terminou antes do previsto, já que a estimativa inicial era de que se estendesse até sexta-feira (25). A rapidez se deve, entre outras coisas, ao fato de que apenas metade das oito testemunhas arroladas compareceu no Tribunal do Júri. Prestaram depoimento o delegado Luciano Inácio, o senador Pedro Taques, a irmã da vítima, Luiza Marilia Lima e a única testemunha da defesa, a também jornalista Malu Sousa, que foi diretora do jornal Folha do Estado. Arcanjo já foi condenado por outros crimes e cumpre pena no Presídio Federal de Segurança Máxima de Porto Velho (RO). “Alívio” A viúva de Sávio Brandão, Izabella Corrêa, disse que ouvir a condenação de Arcanjo “foi um alívio”. “A família nunca acha que a pena é o bastante. Mas acho que a justiça foi feita. O fato dele ter ficado 10 anos preso prova que ele recebeu a justiça divina. Agora, ele recebeu a justiça dos homens”, declarou. Izabella salientou que o filho, Domingos Sávio Brandão de Lima Neto, de 10 anos, soube recentemente das circunstâncias da morte do pai e que sempre foi acompanhado por psicólogos. “A família começou a contar aos poucos, porque ele começou a questionar a razão pela qual os outros pais iam buscar os filhos na escola e o dele, não”, disse. Muito emocionadas, a mãe e a irmã do empresário, Josefina Paes de Barros Lima e Luiza Maria de Barros Lima, respectivamente, não se pronunciaram sobre a condenação do ex-bicheiro. Ambas choraram muito ao acompanhar a leitura da sentença. Progressão da pena O genro de Arcanjo, Giovani Zem, disse que a família não esperava pela condenação do ex-bicheiro. “Esperávamos pela absolvição porque não existiam provas ligando Arcanjo ao crime”, disse. Por outro lado, Zem viu como positivo fim do processo porque agora a defesa de Arcanjo poderá entrar com o pedido para a progressão da pena para o regime semi-aberto, uma vez que "há apenas uma preventiva que o mantém preso". Ele explicou que a família passou os últimos anos lendo e relendo o processo e que, embora tenham percebido “furos” na denúncia, optaram por não rebater as acusações na imprensa. “A imprensa sempre esteve em desacordo com Arcanjo”, afirmou. Nenhum dos cinco filhos de Arcanjo compareceram ao julgamento. Ele tem duas filhas, uma delas casada com Zem, dois filhos com Silvia Shirata e um filho morando nos Estados Unidos. Apenas um irmão de Arcanjo veio de Goiás assistir ao Júri. Aumento da pena O promotor João Gadelha não saiu plenamente satisfeito do Fórum de Cuiabá. Ele afirmou que a acusação esperava por uma pena superior a 20 anos de prisão em regime fechado e que já analisa a possibilidade de pedir por uma pena mais alta.
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