Kishi afirma que atual prefeito não merece a reeleição
Por Jornal Expressão
04/06/2012 - 08:21
Pré-candidato pelo PDT, o vice-prefeito Wilson Kishi, diz que Túlio não merece ter mais quatro anos de mandato; garante que foi ele quem sugeriu a drenagem no bairro Cohab Velha; afirma que não tomou a direção do PDT no tapa, que reúne condições de ser prefeito da cidade e que, se não sair como candidato a prefeito não sairá como vice e tampouco vereador.
J-E – Depois de três anos na administração, porque só agora o senhor chutou o balde? está arrependido de ser vice-prefeito de Túlio?
Kishi – Não é questão de arrependimento e nem estou chutando o balde. Quatro anos atrás era outro cenário. Acreditava que Túlio, por ter sido prefeito antes, poderia evitar os erros do passado e melhorar o que deu certo. Infelizmente, Túlio não faz por merecer ter mais quatro anos de mandato. Ele está isolado politicamente e isso é muito ruim para a cidade.
J-E – Embora não comente de público, Túlio diz que o senhor, na verdade, não colabora com a administração.
Kishi – Na campanha de 2008, falávamos que eu ocuparia alguma secretaria e assim eu o fiz, assumindo a Obras e Indústria e Comércio. Fiz o que foi possível fazer dentro das condições que existe. Neste caso eu não posso reclamar do prefeito e nem ele de mim. O que existe é divergência de pensamento para resolver os problemas de Cáceres. Por exemplo: em fevereiro de 2010, após as chuvas, disse da minha proposta de resolver os problemas das enchentes na COHAB Velha, fazendo uma drenagem pela rua dos Operários seguindo até o rio. Minha proposta foi ignorada e, no final de 2011, outra drenagem em sentido oposto (canal do sangradouro) foi feita. Como não caiu uma grande e forte chuva, fica a dúvidas na eficiência do que foi feito. Torço que dê certo, mas a proposta pela rua dos Operários seria mais correta tecnicamente falando e ainda poderia ter sido feita vinte meses antes.
J-E – Dizem que para ser candidato, o senhor tomou a presidência do diretório do PDT no tapa, isso é verdade?
Kishi – Isso são águas passadas e não foi dessa forma. Temos que olhar pra frente. O PDT está num bom momento e precisa crescer em Cáceres também. Mato Grosso ganhou notoriedade com Pedro Taques no Senado. Ele está entre os cinco melhores senadores do Brasil e o povo já o sinaliza como próximo governador. Estamos seguindo as orientações do partido para ter candidaturas próprias nas principais cidades e Cáceres poderá ser uma delas.
J-E – O senhor já disse várias vezes que se não for para ser candidato a prefeito, não será para vereador e nem vice. Essa proposta está mantida?
Kishi – Sem radicalismo, estou construindo minha candidatura a prefeito. Acredito que chegou a hora de mostrar que sou capaz de governar Cáceres de forma diferente. Se não viabilizar este projeto, como vice está totalmente descartada, assim como candidatura a vereador também.
J-E – O senhor acredita que o cenário é favorável a sua possível candidatura?
Kishi – Se não houver campanha milionária, as condições ficam mais justas e igualitárias e tornam favorável não só pra mim, mas pra todos os postulantes. O juiz Dr. Marlon Reis (da Ficha Limpa), na sua palestra em Cáceres, disse que o Brasil está mudando. Disse que não se justifica um candidato gastar milhões de reais numa eleição se não tiver alguma coisa que o beneficie.
J-E – Como o senhor analisa as pré-candidaturas do Francis e Dr. Leonardo?
Kishi – Vejo de forma natural e democrática. Qualquer pessoa filiada em partido político tem o direito legal de se colocar como opção em cargo eletivo. Acredito que os dois, assim como todos os demais pré-candidatos não citados, tem o mesmo propósito de fazer o melhor para sua cidade e seu povo. A presença dos dois valoriza a disputa e faz os eleitores avaliarem melhor no momento de escolher seu candidato.
J-E – Na sua avaliação, quais as metas do próximo prefeito de Cáceres?
Kishi – Cáceres é hoje uma cidade que mudou de posição. Sinop ultrapassou Cáceres. Hoje somos a 5ª cidade mais populosa do Estado e a 20ª em arrecadação. Cáceres precisa garantir parcerias sérias com o Estado e União. Acreditar mais na sua potencialidade e retomar o seu crescimento no mesmo patamar do Estado. Indo nessa direção, pode ter certeza que estaremos resgatando a autoestima do povo cacerense e fazer com que volte a sentir amor e satisfação em morar em Cáceres.
J-E – Qual o próximo passo neste momento de pré-convenção?
Kishi – É momento de conversa, diálogo. As portas estão abertas para pessoas e partidos políticos que queiram participar deste processo de debates e democracia. Já iniciamos conversações com vários partidos e acreditamos que é possível fechar o mês de junho com uma grande coligação.
J-E – Quais seriam as principais prioridades da nova gestão?
Kishi – Em se falando de ações, podemos citar: Choque de gestão administrativa; incrementar a receita própria; despertar interesses de empresários a investir em Cáceres gerando emprego e renda; regularização fundiária; resolver definitivamente o sistema de drenagem nos pontos críticos; valorização dos profissionais da educação, saúde, ação social e demais áreas conciliando com atendimento 100%; restaurar os prédios históricos e muitas outras coisas a serem feitos.
J-E – O senhor já tem um plano de governo para Cáceres?
Kishi - Eu já tenho um esboço desse plano. A finalização se dará no decorrer dos debates de pré-convenção com as forças políticas e a população, aproveitando ao máximo as propostas. Estou certo que Cáceres pode crescer de forma ordenada, distribuindo renda e promovendo a justiça social e principalmente, retomando o seu papel de liderança regional.