AIRBAG E ABS:‘Vai valer a pena pagar um pouco mais’
Por Diário de Cuiabá
22/12/2013 - 17:26
A partir de janeiro de 2014, todos os carros que saírem das fábricas no Brasil deverão conter airbags frontais e freios ABS, sigla para “anti-lock braking system” (sistema antitravamento de frenagem). Em Mato Grosso, representantes de instituições policiais responsáveis pelo policiamento ou patrulhamento ostensivo nas rodovias acreditam que a medida vai ajudar a tornar os carros mais seguros e preservar vidas.
"São itens importantes e que aumentam a segurança para o motorista e os passageiros porque o freio ABS é uma ferramenta preventiva. Já o airbag reduz ou minimiza as lesões. Com certeza, vai valer a pena pagar um pouco mais caro", avalia o inspetor PRF, José Hélio Macedo.
Macedo lembra que ao adquirir um carro o brasileiro geralmente se preocupa com itens como ar condicionado - o que no caso de Cuiabá é até necessário por conta do forte calor - e a direção hidráulica. Porém, esquecem a segurança. “O brasileiro precisa mudar essa cultura. Hoje, há carros com seis a sete airbags, o que aumenta consideravelmente a segurança”, frisa.
Comandante do Batalhão de Trânsito Urbano e Rodoviário do Estado, a major Grasiele Paes Bugalho também reforça a importância dos equipamentos. “Na prática, o que vemos principalmente nas rodovias como a 251 [Chapada dos Guimarães], 040 [Santo Antônio de Leverger], Imigrantes [Várzea Grande] e na estrada para o Distrito da Guia é que a velocidade é uma das maiores causas de acidentes urbanos. E temos observado que o airbag salva vidas”, afirmou.
Porém, a major lembra a importância do uso em conjunto com o cinto de segurança, também obrigatório no país. No Brasil, o airbag é projetado para o uso com o cinto, isso para que o impacto com a bolsa aconteça no momento correto, o que evita lesões e sufocamento. Além disso, o uso combinado dos dois equipamentos reduz significativamente o risco de morte.
A obrigatoriedade dos dois dispositivos de segurança vem em cumprimento as resoluções 311 e 312 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de 2009. Desde 2010, o Contran vem aumentando gradualmente o percentual dos carros novos que devem sair de fábrica com os dois sistemas. Atualmente a obrigatoriedade é de 60% dos veículos novos. A partir de janeiro, serão 100%.
Um possível adiamento da regra chegou a ser analisado pelo governo devido a preocupação com o aumento do preço dos carros, além do impacto no emprego do setor automobilístico, uma vez que algumas linhas de produção podem acabar. Porém, depois de discussão com representantes da indústria automobilística, a norma que determina a obrigatoriedade para todos os veículos novos foi mantida.