Prefeitura articula união entre instituições para combate à Dengue
Por Thiago Almeida/Ascom
16/01/2014 - 17:53
A Prefeitura de Cáceres, por meio da Coordenadoria de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde, está intensificando as ações de combate à dengue no início deste ano. A proposta, de acordo com o prefeito Francis Maris, é reduzir as notificações dos casos de Dengue e também o Índice de Infestação Predial (IIP) do mosquito da Dengue que chegou a alarmantes 8% no fim do ano passado. Nesta quinta-feira (16.01) uma reunião agrupou na sala de reuniões da Prefeitura de Cáceres, autoridades do Ministério Público, Câmara dos Vereadores, Prefeitura de Cáceres, além de representantes das associações de moradores, clubes de serviço, entre outros, para debater o assunto.
Francis Maris destacou que o combate à Dengue é uma responsabilidade de todos os moradores. “Trata-se de uma questão de higiene básica. Precisamos nos conscientizar que apenas a Prefeitura não resolverá uma questão que passa por absolutamente todas as representações do município, inclusive da própria população. Somente assim poderemos dar fim à doença”, afirmou.
Uma das ações que serão intensificadas durante este ano é o de fiscalização. De acordo com o promotor do Ministério Público (MP), Douglas Lingiardi Strachicini, a 1º Promotoria Cível de Cáceres tomará todas as providências necessárias no sentido de notificar residências que tiverem focos confirmados do mosquito da dengue e proprietários de lotes abandonados. A pena para esses casos pode chegar a um ano de detenção. “No ano passado realizamos 16 notificações, sendo que oito foram solucionadas apenas com ofício. Em seis casos encaminhados notificação recomendatória, e dois casos estão em juízo”, afirmou.
Mas, de acordo com o promotor, a principal preocupação é realizar campanhas de conscientização junto aos moradores e proprietários de terreno para evitar que os casos cheguem ao Ministério Público. Para isso, a prefeitura de Cáceres une forças com várias instituições e realização, por meio de várias secretarias da Pasta e com o apoio do MP, palestras de conscientização sobre a importância de combater a proliferação do mosquito.
NÚMEROS
Durante o encontro, o coordenador de Vigilância da Prefeitura, Josué Alcântara, apresentou aos participantes o relatório de notificações da doença. Segundo levantamento do setor, em 2013 houveram 857 notificações. Destas, 556 foram casos confirmados de dengue, sendo dois da variação hemorrágica da doença. Um paciente veio a óbito. Já para 2014, até o momento, foram notificados 17 casos suspeitos, mas sem confirmação ambulatorial.
O Índice de Infestação Predial, que em novembro de 2013 fechou em 8%, foi reduzido para 6,7% até o momento. Número que continua alto, de acordo com orientação do Ministério da Saúde, que é de 1%. “Alguns bairros de Cáceres, que registraram índice de 40% em 2013, reduziram seus níveis para 11% em média. Não podemos descansar. Precisamos continuar a conscientização de fiscalização”, afirmou.
A coordenadoria de Vigilância Sanitária vem intensificando também as ações em Pontos Estratégicos de Cáceres como borracharias, cemitério e outros estabelecimentos com alto risco para proliferação do mosquito.
DENGUE MATA
Dengue é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus que possui quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). É transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado. Ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil. As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos.
O quadro clínico é amplo, apresentando desde uma síndrome febril inespecífica até quadros graves, como hemorragia, choque e, às vezes, óbito.
A forma clínica clássica caracteriza-se pelos seguintes sintomas: febre alta com duração de 2 a 7 dias; dor de cabeça; dor no corpo e nas juntas; dor atrás dos olhos; manchas vermelhas pelo corpo.
tem diagnóstico de dengue, deve procurar imediatamente um médico ao surgimento dos seguintes sintomas: dores fortes e contínuas na barriga; vômitos persistentes; sangramento por nariz, boca e gengivas; sede excessiva e boca seca.