O deputado estadual Airton Português (PSD) cobrou do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) uma definição sobre a liberação de madeiras importadas da Bolívia que estão lotando depósitos há mais de três meses em Cáceres, por causa de mudança na legislação ambiental. A reunião foi na manhã desta segunda-feira, na sede do Ibama, em Cuiabá. Os importadores de madeira que também participaram da reunião reclamaram da burocracia e muita demora em resolver a questão. “Tem gente com mais de 18 cargas de madeira da Bolívia, aguardando a fiscalização e liberação do produto para comercialização. Isso significa custos, pois a compra na Bolívia é paga à vista. Se a Sema não libera os créditos, não podemos vender a madeira”, criticou Edvar Franco do Amaral, empresário de Cáceres. Conforme o superintendente substituto do Ibama, Werikson Trigueiro, foi criada um Instrução Normativa para buscar mais controle no sistema florestal, incluindo a importação de produtos florestais, e ainda não avançaram a forma de integrar o Ibama no que diz respeito a Documento de Origem Florestal (DOF) com o Sistema de Comércio e Transportes de Produtos Florestais (Sisflora) da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso. Está em fase de transição. A madeira de outros países precisa ser transformada em créditos de madeira para emitir documentos de autorização de venda do produto. Antes da Instrução Normativa, a Sema concedia essa autorização. Agora, o Ibama está dialogando com a presidência do órgão, em Brasília, para que a Sema continue a emitir autorização até que haja uma definição sobre o caso.