Pedro Henry quer fazer faculdade e ter um segundo emprego
Por Midianews
19/01/2014 - 11:44
O ex-deputado federal Pedro Henry (PP) entrou na Vara de Execuções Penais de Cuiabá com um pedido de autorização para trabalho e estudo.
Preso no regime semiaberto, ele cumpre pena no anexo 1 da Penitenciária Central do Estado, conhecido como Polinter, no bairro Centro América, região da Morada do Ouro.
Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a sete anos e dois meses de prisão em função do envolvimento do Escândalo do Mensalão, Henry já trabalha no Hospital Santa Rosa - um dos maiores do Estado -, onde recebe um salário de R$ 7,5 mil.
Agora, ele quer ser reintegrado ao Governo do Estado, onde é concursado do Instituto Médico Legal (IML) como médico legista.
A intenção dele é fazer plantões no IML aos domingos, já que trabalha no Santa Rosa de segunda a sexta.
Henry assumiu a função em 1986 e está licenciado do posto desde 1996, quando assumiu o cargo de deputado pela primeira vez.
Quanto ao pedido de estudo, o ex-deputado já passou no vestibular e quer cursar Fisioterapia da Universidade de Cuiabá (Unic), no período noturno.
Seus advogados, Décio Arantes e Raphael Arantes, já entraram com o pedido, na última quarta-feira (15).
Agora, ele depende da decisão do juiz Geraldo Fidélis, chefe da Vara de Execuções Penais.
O magistrado informou ao MidiaNews que já está com a petição em sua mesa
“Vou analisar o pedido e estudar o caso com cuidado, pois é uma situação complexa. Na próxima semana, devo emitir uma decisão”, disse o juiz.
Menos tempo na cadeia
Um dos objetivos dos novos pedidos de Pedro Henry – além de passar menos tempo na cadeia – é obter a remissão de pena, ou seja, diminuir o tempo de prisão.
De acordo com a Lei, a cada três dias trabalhados, um é abatido da pena. No caso do estudo, são necessários cinco dias para se abater um.
A reportagem tentou contato com um dos advogados de Henry, Raphael Arantes, mas ele disse que estava em audiência e não poderia falar sobre o caso.
Henry está preso na Polinter desde o dia 27 de dezembro. Antes disso, ele passou 14 dias no Centro de Internamento e Reeducação (CIR) do Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.
Após ter a prisão decretada, em 13 de dezembro, ele renunciou ao mandato de deputado federal.