Nas últimas semanas Cáceres vem sendo assolada por uma infestação de caramujos africanos (Achatina fulica),que preocupa a Vigilância Sanitária em Saúde do município. O médico veterinário Alexsander Marques , chefe da vigilância sanitária,informa que essa é uma praga que na década de 80 chegou ao Brasil e já se espalhou por todos os estados da federação, acarretando em prejuízos ambientais, econômicos e, principalmente, sanitários. Pelo seu potencial como transmissor de parasitas para o homem acabou sendo objeto de controle pelos órgãos de saúde pública. Em Cáceres, a Vigilância Sanitária recebe cerca de 10 reclamações diariamente sobre infestação pelo caramujo. Nesses casos, a atuação dos técnicos está focada na orientação ao munícipe da forma adequada de eliminação do molusco e, em alguns casos, na notificação para limpeza de terrenos baldios. Segundo o médico veterinário “a limpeza dos terrenos baldios é importante no controle do caramujo, pois dessa forma dificultamos a instalação e sobrevivência dos mesmos pela remoção dos possíveis abrigos e fontes de alimento.” O caramujo não suporta a ação direta do sol e um terreno limpo, sem vegetação alta ou entulho impede sua proliferação.”É um animal que se reproduz muito facilmente,principalmente se dermos as condições ambientais adequadas para eles”- diz o veterinário. A Vigilância Sanitária também instrui sobre a melhor forma de controle dos caramujos. Conforme orienta o Técnico em Vigilância Sanitária, Luiz Alves da Silva, o controle mecânico deve ser feito por pessoas adultas, nunca por crianças, com catação manual utilizando-se de luvas ou outra proteção para as mãos. Os caramujos catados e acondicionados em sacos de material resistente deverão ser esmagados e posteriormente enterrados. O técnico alerta para os cuidados necessários ao consumirmos hortaliças oriundas de locais infestados por caramujos: “as hortaliças devem ser abundantemente lavadas em água corrente e sanitizadas em solução de hipoclorito de sódio (1 colher de água sanitária em 1 litro de água), ficando nessa solução por pelo menos 15 minutos antes de serem consumidas. Dessa forma eliminamos uma possível contaminação deixada pelo muco do caramujo na hortaliça.” Para maiores informações sobre o controle do caramujo africano contactar a Coordenadoria de Vigilância em Saúde pelo telefone 3223 0007 ou ir até a sede, à Rua dos Colhereiros 449, Vila Mariana.