A detenta Aparecida Rodrigues de Moraes foi morta por três presas que a espancaram no pátio da Penitenciaria Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá. O crime ocorreu ontem, por volta das 10 horas, durante o horário de banho de sol. Ela teria sido arrastada da cela por outras “companheiras”.
Assim que começou a gritar, agentes prisionais foram verificar e depararam com a presa com a cabeça rachada. Policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa estiveram no local e conforme o relato de outras reeducandas, três delas foram detidas como suspeitas.
O crime seria um acerto de contas entre as sentenciadas e ocorreu um dia após uma revista onde foram apreendidos celulares, carregadores e entorpecentes durante uma revista de rotina. Foram localizados 12 smartphones e 20 carregadores, além de 45 trouxinhas de maconha. As apreensões ocorreram nas celas dos raios 2 e 3 da unidade prisional. A apreensão ocorreu anteontem à tarde.
Segundo os agentes, a droga foi encontrada na cela de uma detenta presa por tráfico de entorpecentes. Com ela, foi apreendida um rádio portátil. “A droga não estava na cela da vítima que morreu espancada” adiantou um agente.
A quantidade de celulares apreendidos chamou a atenção dos agentes prisionais, uma vez que o número de mulheres presas é, em média, três vezes menor que a da Penitenciária Central do Estado, que fica em frente.
“Foram muitos celulares apreendidos, principalmente com acesso a internet”, observou um policial do Plantão Metropolitano da Capital para onde os agentes levaram os aparelhos apreendidos.
Eles serão encaminhados para a Delegacia Distrital do Coxipó, onde o delegado Cristian Cabral vai abrir investigação para saber como os equipamentos apreendidos chegaram até as detentas.
Uma das suspeitas levantadas por policiais plantonistas é que os celulares são trazidos durante o horário de visitas, escondidos nas partes íntimas. Para isso, conseguem driblar a revista.