A exemplo de anos anteriores, o peixe desapareceu da Colônia Z-2 de Pesca e dos demais pontos de vendas, na Semana Santa, em Cáceres. Na colônia na terça-feira (15), havia menos de 30 exemplares de pacu. Em algumas peixarias, que ainda era encontrado, o preço estava acima do praticado em dias normais. O quilo de pacu e pintado, um dos mais consumidos, estava a R$ 24,00, R$ 6,00 a mais do preço normal. Mais acessíveis estavam algumas espécies de cativeiros. O quilo de tambacu, por exemplo, era encontrado na Peixaria Rio Verde, por R$ 9,99.

Presidente da Colônia Z-2, a pescadora Elza Basto Pereira, argumenta a falta do peixe por vários fatores, entre eles, a dificuldade do pescador em deslocar grande distância no rio, na época de cheia, para localizar o pescado. Contudo, admite que, a maioria, nesta época, o pescador opta em vender o peixe para atravessadores, onde geralmente, fatura preço maior do que, o praticado dentro do município. 

“Somos conscientes das dificuldades dos pescadores em se deslocar grandes distâncias no rio, gastando mais com combustível, alimentação e gelo para conseguir o peixe. Mas, também sabemos que, a maioria prefere vender para atravessadores que pagam mais, nesta época. Mas, não temos como impedir.” explicou. Os últimos exemplares de pacu existentes há dois dias na colônia estavam sendo vendido a R$ 20,00, o quilo, dois reais a mais que em dias normais. Peixes miúdos não havia.

Na Peixaria Rio Verde, instalada no Mercado do Produtor, ainda havia grande quantidade de pescado de várias espécies. Porém, a previsão da proprietária Yolanda Barros Cardoso, era de que, não seria suficiente para atender a demanda da população na quinta e sexta-feira santas, quando tradicionalmente, aumenta o consumo. “Temos uma quantidade razoável de peixe. Mas creio que não será o suficiente” disse.

Além de pacus e pintados de rio, havia estoque de piranha, vendida a R$ 9,00 o quilo, barbado R$ 13,00 e piraputanga a R$ 17,00 o quilo. Yolanda responsabiliza os pescadores pelo aumento do preço. “Antes a gente pagava R$ 15,00 o quilo de pacu. Hoje estão entregando a mais de R$ 20,00. Se vendermos por esse mesmo preço estaremos tomando prejuízo”.  A peixaria dispunha ainda de espécies de cativeiro: tambacu de R$ 9,99 e pintado de R$ 18,00 o quilo.