Policiais civis prenderam Átila Remios Farias Machado, de 35 anos, apontado como líder de uma organização ligada ao tráfico de entorpecentes, armas, além de roubos de veículos na região da fronteira do Brasil com a Bolívia, na região Oeste de Mato Grosso. 

A prisão ocorreu no bairro Costa Verde, em Várzea Grande, após uma denúncia de que ele estava escondido numa residência. 

Átila está com seis mandados de prisão preventiva por crimes de tráfico de drogas, e é investigado em outros dois Estados. 

Ele é acusado de pertencer à família "Machado", muito conhecida na fronteira pelo histórico de crimes cometidos ao longo de vários anos na localidade, entre eles homicídios e roubos, conforme a Polícia Civil.

Segundo policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, o bandido utiliza também o nome falso de Atlas Remios, dificultando a ação dos policiais.

Policiais da Delegacia Municipal de São José de Quatro Marcos (315 km ao Oeste de Cuiabá) informaram que Átila comanda uma organização criminosa com mais de 15 integrantes, com braço em vários municípios na fronteira e na cidade de Rondonópolis (212 km ao Sul da Capital). 

"Tínhamos informações de que ele estava na região metropolitana e pedimos apoio da DRE para prendê-lo", disse a delegada Anamaria Machado, responsável pelas investigações.

A delegada lembrou que, em março deste ano, nove membros da organização, cada um com cinco mandados de prisão em aberto, foram presos na operação "Câmbio White", deflagrada na cidade de Mirassol D'Oeste, para cumprimento de 45 mandados de prisão preventiva. 

Na ocasião da operação, Átila conseguiu fugir e se escondeu na Bolívia.

Roubo de carros

Todos os presos, incluindo Átila Remios, respondem por roubos, tráfico de drogas, tráfico de armas, associação para o tráfico, posse de arma de fogo de uso restrito, roubos de caixas eletrônicos e formação de quadrilha.

A delegada informou que a organização criminosa é muito poderosa na região e a uma das especialidades é o roubo de veículos, principalmente, caminhonetes para trocar por drogas Bolívia. 

Átila tem patrimônio elevado, como fazendas e carros importados, que, segundo a Polícia, adquiridos com o tráfico de entorpecentes. "Estamos analisando a documentação para pedir o sequestro dos bens", disse Anamaria Machado.

Durante as buscas da operação, em março, que tiveram o apoio Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Gerência de Operações Especiais (GOE), ambas de Cuiabá, foram apreendidos um fuzil 7,62 com dois carregadores, três revólveres (2 calibre 38 e um 22), munições calibres 22 e 38, dezenas de celulares com fotos das armas, além de cinco motocicletas e 1 Hyundai, cheques e dinheiro.