Após mais de três horas de uma tensa assembleia, policiais e bombeiros militares em atividade e da reserva acataram a proposta do governo do Estado e descartaram a tese de paralisação dos serviços durante a Copa do Mundo, que deve empregar efetivo de 1,7 militares para os trabalhos. Os pagamentos das parcelas que levam em consideração as patentes e o tempo de carreira de cada militar para reestruturação salarial terão início ainda em 2014 e serão encerrados em 2015.
Com a proposta, o salário de um soldado que é de cerca de R$ 3 mil chegará a R$ 3,9 mil. Já os percentuais pagos aos subtenentes, por exemplo, é de 38%. O pagamento da última parcela para será em dezembro de 2015.
O presidente da Associação dos Oficiais, major Wanderson Nunes, pontuou que a negociação foi tensa e preferiu não tecer comentários sobre os percentuais. Durante a assembleia estadual a imprensa não pode acompanhar as deliberações. Mais de mil pessoas participaram da assembleia.
Por 30 anos atuando junto ao Batalhão de Guardas da Polícia Militar, o subtenente Praxédes, declarou que as negociações com o governo foram difíceis. “Hoje meu salário é de cerca de 5,5 mil, isso sem os descontos. Nosso percentual é de 38%”.
Desde abril deste ano, as Associações de Oficiais, de Cabos e Soldados e de Subtenentes deu início a uma movimento cobrando a reestruturação. No final do mês de maio, cerca de 1,2 mil militares chegaram a protestar na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e cogitavam greve, mesmo com os impedimentos legais. O Estado possui cerca de 6,5 mil homens em atividade da Polícia Militar e outros 900 do Corpo de Bombeiros.