A derrota histórica que a Seleção Brasileira de Futebol sofreu, nesta terça-feira (8/7), num placar de 7 x 1 para a Alemanha, fez o País "acordar" nesta quarta-feira olhando para o próprio umbigo. Uns com a cabeça mais inchada que outros, todavia, fato é que o povo brasileiro simplesmente silenciou. E, agora, com a calma necessária, o coração sereno e a espinha ereta, brasileiros e brasileiras devem se concentrar na próxima partida de 2014, as eleições que chegam em outubro. Importante sermos inteligentes neste momento e não confundir o que se faz dentro de um campo de futebol e o que se faz fora dele.
Apesar do terrorismo que se fez antes do início da Copa, em solo nacional, a nação brasileira deve se sentir orgulhosa por ter recebido tão bem os povos de países de tantos continentes. Deve, ainda, parar de se sentir o "vira-lata" mundial, herança de tantos séculos de exploração e humilhação, se antes por uma coroa real, depois pelas multicionacionais, por outros países de sistema capitalista avançado e até por um organismo vilipendiador como o Fundo Monetário Internacional (FMI). Aos poucos, o Brasil foi se soltando, com sabedoria, dessas "amarras", criando seu próprio nível de desenvolvimento econômico, político, democrático e científico.
Estamos, podemos dizer, ainda na fase do engatinhar nessa escala, mas deixamos de ficar nas mãos de quem nos via apenas como um quintal ou laboratório de suas ganâncias e esquisitices. Que o Brasil tenha maturidade suficiente para saber quem é o lobo em pele de cordeiro, quem é a raposa querendo tomar conta do galinheiro e quem tem a cara do povo brasileiro.