O ex-vereador Lúdio Cabral (PT), candidato ao comando do Paiaguás pela coligação “Amor à Nossa Gente”, revelou ontem que uma de suas estratégias de campanha é buscar ficar longe dos ataques dos adversários. Destaca que vai deixar o deputado José Riva (PSD) e o senador Pedro Taques (PDT) se engalfinharem. “Enquanto isso, eu vou apresentar propostas para a população”, diz.
Apesar da fuga dos ataques e da proposição de fazer uma campanha “paz e amor”, o petista afirma que, se mexer com ele, terá resposta à altura. “Vai ser sempre assim, campanha propositiva de diálogo com a população. Agora, se o adversário atacar terá a resposta à altura”, diz.
O petista também falou sobre uma suposta debandada de apoiadores para palanques adversários. E negou que esteja ocorrendo. Para o petista, o que existem são especulações.
Para Lúdio, a saída de aliados para apoiar outras candidaturas não é uma questão alarmante. Para ele, os casos devem ser tratados internamente em cada legenda que faz parte da coligação.
O governador Silval Barbosa (PMDB) também nega que haja uma debandada, conforme informado na imprensa nos últimos dias. Para o governador, os casos conhecidos até o momento são por questões pessoais.
O deputado José Riva (PSD) já havia declarado ter o apoio de prefeitos do PMDB. No entanto, Silval diz ter o controle da situação e que seu partido segue firme na coligação de Lúdio.
O deputado Mauro Savi negou que seu partido, o PR, tenha resistência ao nome do petista. O parlamentar destaca que os republicanos estão fechados com o Lúdio.
No entanto, ao comentar o apoio de algumas lideranças para outras coligações, afirma que cada um é dono de seus atos.
Nos próximos dias Lúdio diz que vai intensificar o contato com a população nas ruas de Cuiabá e do interior do Estado. Ontem o candidato fez o primeiro arrastão na região central da Capital.
Conta que ao mesmo tempo vai aprofundar o seu programa de governo para converter as proposições em metas e apresentar soluções objetivas para os reais problemas do Estado.
VEREADORES – O vereador comentou a declaração de apoio de 14 vereadores à campanha de Taques. Segundo ele os números apresentados por Riva e o pedetista são fictícios e se fossem contatos todos a Câmara de Cuiabá teria mais de 30 vereadores, quando o número real é de 25.
O petista afirma que até o momento só contabiliza o apoio dos vereadores Arilson da Silva e Allan Kardec, ambos do PT. Declarou ainda que quer contar com o apoio do vereador Chico 2000 (PR). No entanto, ainda não tem essa certeza.
O nome do republicano é contabilizado nos bastidores como um dos aliados de Riva no Legislativo cuiabano.
“O apoio tem que ser uma opção livre e consciente. Eu não vi na foto da coletiva que o Taques fez nenhum vereador sorrindo. A impressão que passa é de enquadramento, quero apoio de quem tem convicção no nosso propósito”, finaliza.