Os brasileiros começarão a conhecer os números parciais das urnas com a indicação do novo presidente a partir das 20h (horário de Brasília)
Cerca de 142,8 milhões de brasileiros estão aptos a escolher hoje o novo presidente do Brasil. Dilma Rousseff (PT) tenta se reeleger enfrentando Aécio Neves (PSDB).
Qualquer que seja o resultado, esta eleição está marcada como uma das mais agressivas de toda a história brasileira, comparável apenas à de 1989, quando Fernando Collor de Melo derrotou Luiz Inácio Lula da Silva.
O clima de beligerância começou ainda no primeiro turno com a polarização da disputa entre Dilma e Marina Silva (PSB). Esta, por sua vez, não conseguiu se sustentar nas pesquisas e acabou ficando atrás de Aécio Neves. No segundo turno, o tucano e a petista travaram uma disputa dura, com acusações de lado a lado.
Conforme as últimas pesquisas de intenção de votos, a presidente Dilma Rousseff chega neste domingo como favorita à reeleição.
No último debate, na sexta-feira, em uma postura clara de ataque devido à desvantagem nas pesquisas, o tucano acusou a rival de patrocinar a "mais sórdida das campanhas eleitorais". E aproveitou o evento para, novamente, rebater a afirmação da adversária de que irá acabar com programas sociais.
Até o mensalão do PT e o mensalão tucano, escândalos que andavam meio esquecidos após a eclosão do caso da Petrobras, foram abordados. Dilma voltou a martelar um de seus motes, o de que os tucanos varreram escândalos para debaixo do tapete quando governaram o país (1995-2002).
A presidente da República e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, afirmou após o último debate entre os presidenciáveis que não existe a menor possibilidade de existir caixa 2 em sua campanha eleitoral.
Como tem em seu programa de governo a promessa de tornar em crime eleitoral tal prática, ela foi questionada por um jornalista na coletiva de imprensa após o debate quais medidas tomaria se surgissem denúncias de caixa 2 na sua atual candidatura. “Na minha campanha não foi usado. Não existe esse ‘se’ na minha campanha”, afirmou Dilma.
RESULTADO
Os brasileiros começarão a conhecer os números parciais das urnas com a indicação do novo presidente a partir das 20h (horário de Brasília), quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) passará a exibir os dados em telões instalados na sede do tribunal em Brasília, após a votação no Acre, que, no momento, tem três horas de atraso em relação às unidades da Federação que adotam o horário brasileiro de verão.
O resultado, porém, depende de vários fatores e, segundo o presidente do TSE, Dias Toffoli, não há como ter certeza de quando será conhecido. “Ninguém sabe. Só Deus sabe a hora que estará no computador somado. Vão estar todos ali no telão”, disse.
O TSE realizou ontem a verificação dos sistemas usados nas eleições brasileiras. Foram checados os Sistemas de Gerenciamento da Totalização e o Receptor de Arquivos que serão utilizados no segundo turno.
Durante a operação, os técnicos do TSE acionaram um programa automático de segurança para verificar a integridade dos sistemas e as assinaturas digitais que dão autenticidade aos processos. Na etapa, houve a transmissão dos programas de computador que verificam a autenticidade dos programas responsáveis pela comunicação entre os tribunais regionais eleitorais e o TSE e vice-versa, incluindo os dados da apuração. Os sistemas foram desenvolvidos pelos programadores do tribunal e as transmissões são exclusivas para evitar a interferência de terceiros ou a violação de dados.