A pouco mais de um mês das eleições que reelegeram a presidente Dilma Rousseff (PT), governadores, senadores, deputados federais e estaduais, já começam as especulações visando a construção de pré-candidaturas a eleições de prefeito em 2016. Em Cáceres, por exemplo, cinco nomes são ventilados para a disputa da sucessão municipal: os ex-prefeitos Túlio Fontes (PSB) e Ricardo Henry (PP), o próprio prefeito Francis Maris Cruz (PMDB), além dos vereadores Manoel Felix Alvares (Solidariedade) e Edmilson Campos, o “Café no Bule” (PR).
Embora ele negue, nos bastidores políticos local, comentários sinalizam que o prefeito Francis Maris, deverá ser candidato a reeleição. A estratégia, de acordo com as insinuações, seria no mínimo curiosa: ele buscaria aproximação, com o ex-adversário deputado estadual eleito Leonardo Albuquerque (PDT), . A costura se daria no sentido de o deputado indicar o nome do vice-prefeito, em seu projeto de reeleição.Mas também a cargos na Prefeitura. Neste sentido, já está na Assessoria de Comunicação o cinegrafista Joner Campos, que atuou como assessor de Leonardo, e a advogada Elisângela Pouso, também ex-assessora na campanha do deputado eleito. E, a boca miúda, corre a informação que aliados de Leonardo irão ocupar algumas secretarias.
A missão de aproximação entre Francis e Leonardo estaria a cargo do presidente do diretório municipal do PDT o atual secretário de Saúde, Wilson Kishi. Comentários, nessa linha, reforçaram, principalmente, depois que o prefeito, acompanhado da vice-prefeita Eliene Liberato (PSDB) e de três secretários, dentre eles, Wilson Kishi se reuniram em Cuiabá, na semana passada, com o governador eleito Pedro Taques (PDT). Além da aparição pública entre Francis e Leonardo, durante a entrega de casas do programa Minha Casa Minha Vida, no Residencial Portal das Águas, nas imediações do aeroporto Nelson Dantas.
A exemplo do prefeito Francis Maris, o ex-prefeito Túlio Fontes, também não se manifesta. Contudo, um dos seus principais aliados, o vereador Tarcísio Paulino (PSB), diz que ele está mais que credenciado para voltar a administrar o município, após ter conquistado nas urnas nas eleições de outubro, mais de 24 mil votos, sendo mais de 17 mil - para deputado a deputado federal-, só em Cáceres. “Estamos saindo de uma eleição. É muito cedo para falar sobre isso. Mas, não resta dúvida de que o ex-prefeito, pela votação que teve, fica claro que ele está credenciado” diz Tarcísio.
No que se refere a possível pretensão do ex-prefeito Ricardo Henry (PP), os rumores se baseiam em dois fatores: primeiro pelo fato do PP, sair fortalecido das últimas eleições, com a eleição do vice-governador Carlos Fávaro e do deputado federal da região Ezequiel Fonseca; segundo em razão de Ricardo, estar há uma semana, em Cáceres, acertando detalhes do seu retorno à cidade, visitando amigos correligionários, da época que foi prefeito do município. Elele também nega a candidatura, afirmando que seu objetivo é apenas cuidar das empresas da família a partir de 2015.
No legislativo dois nomes surgem como pretensos candidatos: os vereadores Felix Alvares e Edmilson Campos. O vereador Félix afirmou, categoricamente, após ter disputado a última eleição como candidato a deputado federal que não irá disputar a reeleição. “Meu projeto politico será disputar um cargo majoritário” assegurou.
Já o vereador Edmilson Campos, que se autointitula líder da oposição ao modelo de gestão do prefeito Francis Maris, diz que seu principal objetivo é cumprir o seu mandato exercendo o papel de fiscalizador que é um dos atributos constitucionais da vereança. Porém, não descarta a hipótese de entrar na disputa. "A eleição de 2016 só irei discutir lá em 2016. Mais sou obrigado a confessar que após uma administração, pelos menos até aqui, desastrosa por parte de um patrão que virou prefeito gostaria de ver a minha cidade administrada por um trabalhador, quem sabe alguém da Câmara” assinala.