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Telefonia em Cáceres é o caos
Por Diário de Cuiabá
25/01/2015 - 12:18

Foto: ilustrativa

Conhecida como a Capital nacional das bicicletas e também por seu potencial turístico, devido às belezas do Pantanal, Cáceres (217 km de Cuiabá) também tem ficado famosa por seus problemas com a rede de telefonia móvel e internet. A precariedade do serviço no município mobilizou a Câmara Municipal de Vereadores, Procon Municipal e até mesmo o Ministério Público Estadual (MPE), que abriu investigações contra três das quatro principais operadoras de telefonia no município. 

O problema na cidade é tão grande que até mesmo para entrevistar os habitantes do município se tornou complicado para a equipe de reportagem do Diário. As ligações telefônicas “caíam” no meio da conversa ou simplesmente não completavam a chamada. O problema é ainda maior na parte rural, onde diversas comunidades se encontram praticamente sem comunicação. 

Depois de várias tentativas, Jean da Silva, 27, contou ao Diário que em menos de dois anos teve contas de celular em todas as operadoras, mas que mesmo assim não conseguiu resolver o problema. “O sinal é muito ruim, e a internet só funciona às vezes. Mas, o pior de tudo é o serviço de atendimento.” 

A opinião de Jean se repete em toda cidade. Os moradores afirmam que a única forma de se manter conectado é através do telefone fixo. “Não tem o que fazer. Há muito tempo brigamos por isso. O pior é que querem cobrar por um monte de serviços que não utilizamos”, afirmou Débora Regina, de 29 anos. 

Em 2013, durante a caravana da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia Móvel da Assembleia Legislativa do Estado, ao menos, 130 consumidores do município relataram os problemas decorrentes com o uso do telefone celular. Na ocasião, os principais problemas relatados foram os cancelamentos de contratos e as cobranças indevidas. 

Na última semana, o MPE instaurou três inquéritos civis públicos para investigar a prestação de serviço das operadoras Tim, Vivo e Oi. 

De acordo com o promotor, Douglas Lingiardi Strachicini, autor dos inquéritos, a defesa do consumidor é direito fundamental e princípio da ordem econômica, tendo por finalidade assegurar a todos a existência digna. 

Segundo Strachicini, o usuário de serviços de telecomunicações tem direito de acesso aos serviços de telecomunicações, com padrões de qualidade e regularidades adequadas à sua natureza, em qualquer ponto do território nacional. Fato que vem sendo respeitado no município. Ele disse ainda que a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) é responsável por fiscalizar os serviços prestados pelas concessionárias, porém a agência reguladora também não tem realizado o serviço. 
 

 

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