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Rui Prado pede status de área livre de febre aftosa para MT
Por assessoria
19/10/2015 - 17:11

Foto: ilustrativa

O presidente do Sistema Famato/Senar, Rui Prado, aproveitou a realização da 5ª Reunião Extraordinária da Comissão Sulamericana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), que acontece nesta segunda-feira (19/10) em Cuiabá, para pedir que Mato Grosso seja considerado área livre de febre aftosa sem vacinação. A entidade reúne membros das organizações Mundial e Panamericana de Saúde, além do Centro Panamericano contra Febre Aftosa, com delegados de praticamente todos os países da América do Sul, também do setor privado.

“Por ser este o Estado com o maior rebanho bovino do país e por estar acontecendo aqui em Cuiabá uma reunião da Cosalfa, peço à Comissão para que Mato Grosso seja considerado estado livre da febre aftosa sem vacinação”, comentou o presidente, depois da abertura do evento, realizado no auditório do Edifício Cloves Vettorato.   

O representante da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) no evento, Altino Rodrigues Melo, esclareceu que a linha da entidade é a mesma do sentimento do presidente do Sistema Famato/Senar. “Essa ansiedade para a evolução do programa de febre aftosa, que pode ter etapas antes de retirar totalmente a vacina, poderíamos pensar alternativas, por exemplo, de retirar a vacina dos animais adultos e ficar, por mais dois ou três anos os animais jovens”, sugeriu.

Outra linha apontada por ele para que Mato Grosso e outros estados brasileiros cuja incidência de aftosa inexiste é a definição de territórios maiores que de um estado com sistemas produtivos semelhantes para que a vacina fosse desobrigada. Conforme ele, poderiam ser unidos circuitos pecuários antigos, porém com nova caracterização.

 “Isso para que eles caminhassem juntos retirando a vacina. Ou seja, nós temos vários mecanismos que gostaríamos que o Ministério da Agricultura coordenasse para haver essa movimentação mais rápida a partir de agora”, pontuou o representante da CNA.

A percepção e os trabalhos realizados pelos países vizinhos ao Brasil são o foco de discussão do encontro. A intenção é que existam menos barreiras entre eles para que haja o fortalecimento da qualidade da carne produzida no continente para o mercado externo. “Essa reunião é o início da discussão e acho que o Brasil tem que ser o protagonista pelo seu tamanho, pela sua capacidade, pela sua produção. E convencer os outros países para tomar as decisões que avançam na área sanitária para o Brasil”, acrescentou Melo.

A situação da incidência de casos na Venezuela também foi suscitada durante a reunião. Porém, a distância do país em relação aos estados com maior rebanho bovino no país pode ser um facilitador para obter o status de livre da aftosa sem vacinação. “O problema na Venezuela não pode atrapalhar estados que estão distantes do território e para que haja uma evolução no programa. É isso que queremos que o Ministério da Agricultura coordene com uma velocidade maior”, enfatizou.

Outra medida importante lembrada na reunião foi a fiscalização do aparelhamento dos órgãos estaduais de defesa animal para que haja um processo de vigilância mais ativa, permanente. “Uma coisa muito importante: não é proibido ter doença. Se tiver a doença, você combate. No passado, a OIE (Organização Internacional de Saúde Animal)) determinava que precisa no mínimo de dois anos sem ocorrência de um novo foco para recuperar a condição de área livre. Hoje, você pode conseguir isso até com três meses. As cosias já evoluíram, os produtores e os processos evoluíram. Não podemos estar presos a um passado porque estamos acomodados”, ponderou o representante da CNA.

Nesta semana, também acontece em Cuiabá o IV Encontro Nacional de Defesa Sanitária animal, o Endesa 2015, no Cenarium Rural.

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