Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Mortos por indígenas:familiares e amigos pedem justiça
Por Diário de Cuiabá
16/12/2015 - 10:45

Foto: arquivo

A Polícia Federal não poderá divulgar mais informação sobre as investigações da morte de Genes Moreira dos Santos, 24 anos, e Marciano Cardoso Mendes, 27 anos, já que foi decretado o sigilo do caso. Ontem, o senador José Medeiros e a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Juína, vieram a público pedir providências. 

Por conta disso, apenas membros das famílias das vítimas e outras pessoas envolvidas diretamente no caso, como advogados, poderão ter acesso às informações. As famílias já declararam que vão acompanhar de perto as investigações e cada passo tomado pelas autoridades, eles esperam que os suspeitos sejam punidos dentro da lei. 

A última informação divulgada pela PF é de que três índios da etnia Enawenê-Nawê, foram identificados como suspeitos de terem cometido o duplo assassinato na semana passada. O delegado responsável pelo caso, Hércules Ferreira Sodré, vai denunciá-los junto ao Ministério Público Federal (MPF). 

O senador José Medeiros afirmou ontem que espera que o Ministério da Justiça e a PF façam com que os responsáveis pelo crime sejam entregues às autoridades e punidos. “Até para que a população saiba diferenciar quem cometeu o crime do restante da comunidade indígena que há anos está ali, e nunca houve problema nenhum”. 

Medeiros demonstrou preocupação com o fato de que os índios continuam cobrando pedágio na MT-170, como se nada tivesse acontecido. Ele teme por um conflito entre indígenas e não indígenas. 

A CDL da cidade divulgou uma nota de solidariedade às famílias e amigos das vítimas. Conforme a entidade, eles reconhecem a importância cultural, social e econômica dos indígenas para a cidade, mas cobram providências para punição dos criminosos. 

“É inadmissível que os índios não sejam punidos pelos órgãos responsáveis, tendo constantemente praticado atos ilícitos”, disse o presidente da CDL, Roque Perius. Ele citou que um dos atos é impedir o direito de ir e vir dos cidadãos, por meio do pedágio. 

A reportagem procurou a Fundação Nacional do Índio ( 

Funai), com sede em Brasília, mas não obteve retorno até o fechamento. 
 

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