"o documento é exigido para que ele possa trabalhar"-diz o juiz
O juiz da Vara de Execuções Penais de Cuiabá, Geraldo Fernandes Fidelis, em reunião com a Desembargadora Presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, Maria Helena Gargaglione Póvoas e com o Des. Corregedor daquela Corte, Luiz Ferreira da Silva, iniciou o processo de discussão sobre o direito do egresso do Sistema Penitenciário receber título de eleitor - ainda que suspenso seus direitos políticos - a fim de poder trabalhar, já que as empresas, para contratação de empregado, exigem tal documento.
O objetivo, afirma o juiz, é combater o crime com inteligência, usando o trabalho como instrumento de recuperação e integração de pessoas à sociedade. “Penso que esta medida deva repercutir não só em todo o Estado de Mato Grosso, mas, sim, nacionalmente, garantindo a todos os egressos do sistema penitenciário e aqueles que lograram aprovação em universidades públicas, possam conseguir trabalho e a matrícula para estudarem”- diz o juiz, acrescentando ainda que, como medida de política pública, Mato Grosso estará, mais uma vez, na vanguarda de ações referentes à Justiça Eleitoral e em Execução Penal. “É a forma mais eficiente de inserção à sociedade e, lógico, combate ao crime” -conclui.