mapa desenhado por Eder Barbosa
A revelação de que o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) recebia propina no banheiro privativo de seu gabinete no Palácio Paiaguás não foi a primeira declaração de que o ex-chefe do executivo realizava “negociações escusas” no local. Em fevereiro de 2014, em depoimento ao Gaeco (Grupo de Ação Especial e Combate ao Crime Organizado), o ex-secretário Eder Moraes afirmou que Silval armazenava um caderno de espiral onde fazia anotações de “entrada e saída” de recursos atrás de um armário no banheiro.
A declaração de Eder ocorreu nas investigações da “Operação Ararath”. Na ocasião, ele desenhou um "mapa" do Palácio Paiaguas e apontou o banheiro como local onde possivelmente poderia se encontrar o caderno. A existência do caderno foi revelada pelo empresário “Junior Mendonça”. Inclusive, a residência do ex-governador foi alvo de busca e apreensão na 5ª fase da “Ararath” onde os policiais procuravam justamente as anotações. O gabinete do ex-governador não foi visitado pela Polícia Federal.