Um atleta e um bombeiro militar representam Cáceres
A lanterna contendo a Chama Olímpica chegou ontem,3, ao Aeroporto Internacional de Brasília, ponto de partida para um roteiro que, nos próximos 95 dias, incluirá 327 cidades das cinco regiões do país, passando pelas mãos de 12 mil condutores até chegar, no dia 5 de agosto, ao Estádio Maracanã, local onde será acesa a Pira Olímpica e celebrada a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
O símbolo dos jogos entrou no espaço aéreo brasileiro às 7h10 e o avião da empresa Latam, procedente da Suíça, pousou às 7h25. O avião foi escoltado por dois caças da Força Aérea Brasileira e trazia uma bandeira brasileira na cabine do piloto.
A Chama Olímpica é um importante símbolo na história dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos representando a paz, a união e a amizade.
O ritual foi criado para estabelecer um elo entre os jogos da antiguidade e os jogos contemporâneos. A chama olímpica representa a pureza da eterna juventude olímpica. Serve de elo entre o berço das Olimpíadas na Grécia e as cidades-sede, dos jogos contemporâneos.
Para essa maratona no Brasil foram selecionados 12 mil condutores que irão participar do Revezamento da Tocha Olímpica.
A Chama Olímpica chegará a Cuiabá no dia 23 de junho de 2016 e um dos indicados pela Nissan do Brasil e confirmado pelo Comitê Olímpico para participar do Revezamento da Tocha Olímpica é o atleta cacerense DEMIS ROGÉRIO RODRIGUES COSTA, que como condutor da Tocha Olímpica assumiu a missão de ser um dos Embaixadores do Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016, espalhando o Espírito Olímpico que se desdobra em SUPERAÇÃO e EXCELÊNCIA.
A Superação em ultrapassar os limites, superar os desafios com prazer, garra, motivação e energia. A marca Rio 2016 é um exemplo vivo de transformação através do esporte. Sua força é contagiante, mobiliza, amplia possibilidades e horizontes. Dissemina e traz os valores olímpicos - respeito, amizade e excelência - para o nosso cotidiano.
A Excelência no Rio 2016 é uma marca que equilibra despojamento e compromisso com a qualidade, leveza e atenção aos detalhes. Sabe que tudo que é verdadeiramente único precisa combinar inspiração e refinamento. Um olhar criativo e, ao mesmo tempo, cuidadoso, capaz de escrever uma história inédita e empolgante.
O Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016: uma missão pacífica para promover os Jogos e os valores Olímpicos. O revezamento não é um evento político; é um evento aberto e acolhedor a todos e anuncia o início dos Jogos Olímpicos (05 de agosto à 21 de agosto) e os Jogos Paraolímpicos (07 de setembro à 18 de setembro).
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Entre os 131 condutores da Tocha Olímpica em Mato Grosso, um é de Cáceres. É o sargento do Corpo de Bombeiros Militar Dirlei Correia Medeiros. Casado, duas filhas, ele foi indicado por sua irmã Dirlene, no concurso realizado pelos patrocinadores do evento. A tocha irá passar pelos 26 estados do país mais Distrito Federal. Serão 12 mil condutores. Cada um deles escolhido por, de alguma forma, ser exemplo. Dirlei, exemplo de coragem.
No relato enviado à comissão, a irmã diz: ”meu irmão nasceu para salvar vidas. Com apenas 4 anos, salvou a minha, quando eu estava me afogando em um córrego. E assim foi a vida toda, desde a infância, ele socorrendo pessoas”.
Hoje Dirlei atua na Companhia Integrada, sob coordenação do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), que tem policiais da Polícia Civil, Militar, Bombeiros e do próprio Gefron. A companhia é a responsável pelo canil de cães de resgate e farejadores e Dirlei faz o adestramentos dos animais. Ele atua com a labradora Dara em ações de resgate. Atualmente o canil tem 11 cães –de guarda e proteção, de faro e de busca e resgate.
O militar está na carreira há 22 anos. Aos 17 se alistou no Exército e aos 18 ingressou para o Bombeiros de Mato Grosso.
Ao contar a história que o colocou entre os escolhidos para conduzir a tocha, Dirlei lembra que o fato, ocorrido há dez anos no bairro Jardim Padre Paulo, em Cáceres, foi realmente dramático. “Uma mãe sentou a beira do poço, no quintal de sua casa, para amentar o filho de dez dias. Um tijolo estava solto e eles caíram. Chegamos rápido e, por saber via rádio da situação, já fui equipado para descer. A mãe se equilibrava com a cabeça e os pés nas paredes do poço para não cair. Sua cabeça sangrava muito. Ela segurava firme a criança. Desci e peguei o bebê, voltei e o entreguei aos colegas. Ao ver o filho salvo, ela desmaiou e caiu na água, com quatro metros de profundidade. Tirei os equipamentos e mergulhei. Ela também foi salva”.
Carregar a tocha para ele é o reconhecimento pelo trabalho que a instituição presta. “Nossa missão é salvar vidas, e carrego a tocha representando todos os colegas”.
A tocha
A chama é acesa na Grécia, berço dos jogos olímpicos, e chega ao Brasil dia 03 de maio. O ponto de partida é o Distrito Federal. Por cem dias, a tocha atravessa o Brasil. 20 mil km por terra e 16 mil km de avião. Em 300 cidades, serão 12 mil condutores, cada um percorrendo 200 metros e revezando. Em Mato Grosso –o único Estado que ficará com a tocha por dois dias- serão 131 condutores, nos dias 23 e 24 de junho.
A tocha chega ao Rio de Janeiro e acende então a pira no estádio do Maracanã, dando início aos Jogos Olímpicos 2016, que acontecem no período de 05 a 21 de agosto.