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MT:servidores sinalizam para greve geral
Por Alexandra Lopes/Diário de Cuiabá
11/05/2016 - 04:46

Foto: Dinalte Miranda/Diário de Cuiabá

Em assembleia geral realizada ontem (10) na Praça das Bandeiras, com participação de mais de nove mil servidores, o Fórum Sindical não descartou a possibilidade de os servidores públicos entrarem em greve, caso o governo mantenha a posição de não pagar o Revisão Geral Anual – RGA do mês de maio. 

Fazem parte do Fórum sindical sindicatos, federações e associações que representam cerca de 100 mil servidores públicos estaduais. 

A Revisão Geral Anual de 2016 é garantida na Lei nº 8278/2004 do percentual apurado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O pagamento da revisão já vem sendo debatido há alguns meses. 

O representante do Fórum Sindical e presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso, Gilmar Brunetto, comentou que o Fórum Sindical tem conhecimento das dificuldades econômicas que o Estado vem passando, mas não descartou a possibilidade de greve. 

“Temos a consciência da crise, mas apontamos soluções para melhora. Dialogamos com servidores. Há um indicativo de greve e agora vamos ver como o governo vai se comportar”, disse o sindicalista. 

Questionado sobre a reivindicação dos servidores, o governador Pedro Taques (PSDB) informou que o pagamento não será possível por conta da crise, mas que está seguindo o que diz a lei. 

“Nós fizemos várias reuniões com os servidores. Só eu participei de 3 reuniões com o Fórum Sindical. Nós não fechamos as negociações. Nós estamos conversando com os servidores. Essa manifestação é um direito constitucional do servidor. Agora, a situação é uma, se nós pagarmos a RGA que é um direito do servidor... Mas a própria lei que trata da RGA diz que se a responsabilidade fiscal estiver afetada não é possível o pagamento da RGA. Então, estou cumprindo a lei”, destacou Taques. 

Outros 25 estados da Federação também já informaram que não irão pagar o reajuste neste ano. 

Os motivos apresentados pela equipe econômica de Taques apontam que o pagamento da RGA resultaria em um impacto de R$ 628 milhões na folha salarial deste ano. 

Os 31 sindicatos que fazem parte do Fórum devem se reunir em assembleias gerais para definir se haverá greve ou não. 

Após o ato na Praça das Bandeiras, os sindicalistas seguiram para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso, que a partir de agora deve dialogar com o governo. 

O presidente da ALMT, Guilherme Maluf (PSDB), deve se reunir hoje com a equipe econômica do governo para discutir sobre o pagamento da RGA. 

Na próxima semana, vários sindicatos realizarão assembleias para definir um indicativo de greve. 

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