A partir de outubro, a ALMT irá ofertar vagas de estágio para os chamados excepcionais
A Associação de Amigos dos Excepcionais (Apae) parabenizou a Assembleia Legislativa de Mato Grosso pela disponibilização de vagas de estágio a pessoas com síndrome de Down. Segundo a Apae, a iniciativa contribuirá para a inclusão social e o ingresso delas no mercado de trabalho.
“Ações como essas são importantes para demonstrar para a sociedade que, embora tenham limitações, as pessoas que têm síndrome de Down são perfeitamente capazes de desempenhar todo tipo de atividade, como qualquer outra”, declarou Lígia Maria Anunciação da Costa, diretora pedagógica da Apae Cuiabá.
Segundo Lígia Costa, a oportunidade de conviver com outras pessoas e aprender uma atividade será muito benéfica.
“O convívio com os colegas de trabalho será muito importante para o desenvolvimento dessas pessoas, pois acelera o processo de aprendizado e contribui para a socialização deles. Além disso, a experiência de um estágio poderá abrir as portas do mercado de trabalho, que hoje não oferece muitas oportunidades a pessoas que possuem qualquer tipo de deficiência”, ressaltou a diretora.
Dos 202 excepcionais que atualmente frequentam a Apae Cuiabá, apenas 12 trabalham em quatro empresas privadas. “A Apae não tem parceria com nenhum órgão público do Estado. Esperamos que a iniciativa da Assembleia seja copiada por outros gestores”, disse Lígia.
As 17 vagas disponíveis para estágio serão preenchidas por meio de processo seletivo coordenado pelo CIEE, e distribuídas por todos os setores da Casa.
Poderão se inscrever alunos com síndrome de Down regularmente matriculados no ensino médio e que tenham mais de 17 anos. A carga horária de trabalho é de 20 horas semanais e a bolsa oferecida é de R$ 808,40, incluindo o vale-transporte.
ALMT é pioneira
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso é a primeira entre as Assembleias do país a disponibilizar vagas de estágio para portadores de síndrome de Down. A ação é uma iniciativa do presidente da Casa, deputado Guilherme Maluf, viabilizada pela Procuradoria-Geral.
“O Poder Público, de uma forma geral, faz muito pouco pela inclusão de pessoas com necessidades especiais. Diante desse cenário, nós entendemos que deveríamos dar o primeiro passo, afinal, os portadores de síndrome de Down, ou de Trissomia do Cromossomo 21, como é tecnicamente chamada, são tão capazes quanto qualquer outra pessoa”, afirmou Maluf.
De acordo com o procurador Bruno W. Cardoso Leite, os estagiários contratados atuarão em todas as secretarias da Casa, desempenhando as mais diferentes funções.
“Fizemos um levantamento para saber quais setores estão precisando de estagiários e que tipo de atividades eles poderiam exercer. Inicialmente, cada setor deve receber dois deles”, explicou.