A abordagem de pessoas e veículos é uma das principais atividades desenvolvidas pelos policiais que atuam no Grupo Especial de Fronteira (Gefron). “Nem sempre a ação é tranquila. O preparo técnico é necessário”, disse o major PM Luiz Marcelo da Silva, coordenador do Curso de Policiamento de Fronteira (CPFron).
A capacitação, que prepara 39 policiais para o trabalho na região de fronteira, teve nesta terça-feira (01.11) mais uma etapa, desta vez focada nas técnicas de entrevista e abordagem.
Na parte teórica, foram apresentados métodos de conversação e entrevista de suspeitos. Na etapa prática, os alunos foram divididos em três grupos e um cenário foi montado no pátio da base de Porto Esperidião (cerca de 400 km a Oeste de Cuiabá).
Na simulação, os participantes treinavam abordagens. Três alunos dentro de carro agiam como suspeitos. Outros verificavam documentação das pessoas e dos veículos.
Ao longo da simulação, os alunos recebiam instruções a respeito da atitude da equipe diante de suspeitos, do posicionamento seguro de cada um durante a abordagem, da atenção ao perímetro e da atuação em equipe.
Com os olhos atentos às instruções, o soldado PM Samer Liandro reconheceu a importância do treinamento específico. “As orientações são excelentes e nos deixam confiantes em garantir qualidade no nosso trabalho”, afirmou.
O módulo sobre técnicas de entrevista tratou sobre a necessidade de um minucioso levantamento de informações após a abordagem ou constatação de envolvimento com algum delito.
Conhecer a área geograficamente, a vegetação e a rotina da região são informações que contribuem com o desempenho do policial. “Se o policial estiver preparado para as entrevistas, as perguntas serão mais incisivas e a apuração mais eficiente”, explicou o responsável pelas atividades, major PM Willyam Becker.
Os alunos também receberam orientações para agir em situações de confronto durante abordagem. A instrução prática foi realizada em uma região de mata aberta conhecida como “Tabuleta”.