Servidores de Mato Grosso e forças sindicais - que reúnem 22 sindicatos - realizam hoje uma paralisação geral. Com eixo principal "Nenhum Direito a Menos", em Mato Grosso, pela manhã as categorias farão atividade em suas bases e às 15h30, realizarão Ato Público, com concentração na Praça Ipiranga.
A paralisação ocorre em todo o país, marcando a organização dos trabalhadores rumo à Greve Geral contra a PEC 241/16 que cria um teto para as despesas públicas para os próximos 20 anos e contra a Reforma do Ensino Médio.
Aprovada no último dia 25 de outubro, a PEC 241, que no Senado será PEC 55/2016 pretende congelar as remunerações dos servidores públicos da União e suspender as vinculações constitucionais para a saúde e a educação.
O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público adere a mobilização e reforça que o objetivo é dizer que não abre mão dos recursos sociais e não aceita o congelamento de investimentos na Saúde e Educação, promovido pela PEC 55 (ex-241). “O protesto é contrário ao arrocho e a retirada de conquistas sociais históricas, que colocará a população brasileira num estágio de retrocesso pelos próximos 20 anos”, reforça Sintep.
Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso também somam a mobilização. Para a parte da manhã, a partir das 7h, os docentes programam um ato na região da universidade, em unidade com estudantes e trabalhadores técnicos administrativos; às 15h30, outro ato, dessa vez na Praça Ipiranga, centro de Cuiabá, unificado com diversas categorias de trabalhadores.
Tabalhadores técnico-administrativos do Hospital Universitário Júlio Muller também devem entrar em estado de greve, na próxima sexta (11). A intenção da categoria é chamar atenção da sociedade para Proposta de Emenda Constitucional que congela os gastos públicos por 20 anos.
Em assembleia, eles decidiram manter o atendimento na unidade, contudo, a paralisação foi confirmada. A categoria vai entregar panfletos para os pacientes e visitantes do HUJM, explicando sobre o prejuízo que a aprovação desta PEC do retrocesso traz à saúde pública no SUS.
Segundo a coordenadora geral do Sintuf-MT, Elena da Cunha, os serviços essenciais serão mantidos, como o atendimento aos pacientes internados, mas algumas consultas poderão ser reagendadas. Ressalta que a PEC 241, já aprovada na Câmara Federal, e agora renomeada no Senado para PEC 55, coloca os hospitais universitários no fundo de um poço.
Os bancários também devem realizar mobilizações em frente das agências em todo o Estado.