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Hospital do Câncer continua sem atender por falta de repasses do governo
Por Aline Almeida/DC
23/11/2016 - 07:26

Foto: arquivo
Situação de hospitais não é resolvida
Há duas semanas os cinco maiores hospitais filantrópicos de Mato Grosso deixaram de atender novos pacientes pelo SUS
 
 

Completa hoje 16 dias que os cinco maiores hospitais filantrópicos de Mato Grosso não estão recebendo mais pacientes do Sistema Único de Saúde. 

No dia 07 de novembro, a Santa Casa, Santa Helena, Hospital Geral Universitário (HGU), Hospital do Câncer, os quatro localizados em Cuiabá, e a Santa Casa de Rondonópolis (250 quilômetros ao Sul da capital), decidiram não receber novos pacientes para os leitos de retaguarda, ambulatório, cirurgias eletivas e até para unidades de tratamento intensivo (UTIs). 

Importante destacar que as unidades são responsáveis por 85% dos usuários do SUS. 

A paralisação deve continuar pelo menos por esta semana, pois a volta dos atendimentos está condicionada a uma resposta concreta do Governo em relação ao déficit de recursos nestas unidades. Esta falta de atendimento está refletindo principalmente no Pronto Socorro de Cuiabá. 

As demandas que eram destinadas aos hospitais estão parando no pronto socorro. Uma funcionária da unidade diz que, nos últimos dias, o atendimento dobrou e que o hospital já não tem suporte para dar conta de toda a demanda. 

O motivo da paralisação seriam os atrasos recorrentes dos repasses, além de um déficit de R$ 3,6 milhões nos atendimentos do Sistema Único de Saúde. 

A presidente da Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas de Mato Grosso (FEHOS/MT) Maria Elisabeth Meurer Alves afirma que há mais de um ano este assunto vem sendo discutido com Governo. 

“Não adianta os hospitais voltarem com este déficit, as unidades não terão suporte para se manter”, disse Maria Elisabeth. 

Juntos, os hospitais somam 3,5 mil internações por mês, sendo que 750 leitos estão disponibilizados ao SUS. 

Em cada unidade são feitas aproximadamente 500 cirurgias ao mês. Estes 10 anos de não reajuste da tabela do SUS, que cobre apenas 60% do custo de cada paciente, seria o grande motivador do “fechamento das portas dos hospitais”. 

Isso porque o restante do tratamento são os hospitais que têm que arcar, já que o valor repassado não cobre. 

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que efetuou os pagamentos para os Hospitais Filantrópicos referentes à média e alta complexidade dos municípios até setembro. Disse ainda que os processos referentes ao mês de outubro já estão em andamento e deverão ser pagos nas próximas semanas. 

Quanto à questão da tabela do SUS, a secretaria informou que até sexta-feira será apresentada aos Hospitais Filantrópicos uma proposta para cobrir os déficits. 

“A SES esclarece que embora não possua contrato direto com essas instituições, até a presente data o Estado repassou para Cuiabá R$ 10,8 milhões. Entendemos que há necessidade de discutir a parceria tripartite (governos federal, estadual e município), inclusive com a participação dos municípios de Cuiabá e Rondonópolis definindo valores e responsabilidades com os importantes serviços prestados pelos hospitais filantrópicos”, destaca trecho de nota. 

A assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde não se pronunciou até o fechamento da matéria. 

 

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