O último programa eleitoral apresentado na televisão pelo candidato a prefeito de Cáceres, Francis Maris (PMDB), gerou polêmica e indignação em segmentos ligados à história e a tradição cacerence ao propor uma alterações paisagísticas drásticas na região do cais do porto, localizada no centro histórico de Cáceres. A proposta apresentada no programa pode ser entendida como desconhecimento do candidato em relação a lei recente, que homologou o tombamento do conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico da cidade de Cáceres (MT) como patrimônio cultural brasileiro, através da portaria nº 85 publicada pelo Ministério da Cultura na edição do dia 26 de junho 2012, do Diário Oficial da União. Por isso, a partir deste ano, o centro histórico de Cáceres terá que receber apenas medidas de conservação e toda e qualquer mudança terá que obdecer à regras minunciosas do departamento de Patrimônio Material e Fiscalização do Depam/Iphan. Utilizando uma maquete virtual tosca o candidato Francis disse que, em sua hipotética administração, irá alterar de maneira radical calçadas e o muro secular que envolve a orla do cais do porto. Se isso for feito, a cidade poderá perder verbas e recursos federais que Cáceres agora tem direito por ter conquistado junto ao Ministério da Cultura o título de Patrimônio Cultural Brasileiro. O novo prefeito eleito não poderá ignorar que Cáceres, a antiga Vila de São Luis foi fundada em 6 de outubro de 1778, e conserva até hoje características seculares valiosas em seu conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico. Patrimônio que poderá ser transformado em fonte de emprego e renda para a população e acesso municípial aos recursos federais destinados à Cultura e o Turismo.