O adolescente de 16 anos autor do latrocínio que vitimou o professor universitário, Valdir Alves de Andrade, 46, no município de Tangará da Serra (239 km de Cuiabá-MT), foi novamente apreendido pela Polícia Judiciária Civil na quinta-feira (22).
O menor foi solto na quarta-feira (21) e já na manhã seguinte à soltura foi novamente apreendido, agora com ordem de transferência para a cidade de Cáceres. “Hoje pela manhã recebemos informação do Poder Judiciário de que finalmente saiu a vaga para o adolescente infrator no sistema socioeducativo. Recebemos também a determinação do Poder Judiciário para proceder a transferência para a cidade de Cáceres”, disse o Delegado Edimar Faria, ao site Radio Pioneira.
O mandado de busca e apreensão contra o menor foi expedido pela Juíza de Direito da Vara Especializada da Infância e Juventude da Comarca de Tangará da Serra. Na ocasião do crime, o infrator foi apreendido em flagrante pelo roubo seguido de morte, mas após cinco dias detido, foi liberado por falta de vaga no Sistema Socioeducativo.
O fato provocou grande revolta por parte da sociedade, fato que levou a Polícia Civil de Tangará da Serra imediatamente intervir junto o Sistema Socioeducativo, sendo consensualmente aberta uma vaga para o adolescente em uma unidade no município de Cáceres (225 km da Capital).
Como o menor já havia sido liberado, os investigadores de polícia montaram um planejamento operacional para dar cumprimento ao mandado contra o adolescente, que foi apreendido em sua residência.
O Latrocínio
Na sexta-feira (16), o corpo do professor foi encontrado em sua casa, com perfurações provenientes de faca. O imóvel não apresentava vestígio de arrombamento, porém foi constatado que os suspeitos levaram o celular da vítima e o veículo Ford KA, preto.
Os dois jovens, um adolescente de 16 anos e o maior Wankley Borges Mattei, 18, conhecido por "Gauchinho", foram detidos por suspeita da autoria da morte do professor.
Em depoimento o adolescente confessou que se relacionava com o professor e que tinha acesso livre a casa dele. Em sua primeira versão à Polícia, ele negou participação na morte, apontando o maior como autor. Ele alegou ter chegado na casa da vítima, entrou e em seguida o professor foi guardar o carro, quando foi abordado por Wankley, que esfaqueou a vítima.
Ambos são usuários de droga, e, a princípio, a Polícia Civil acredita que o veículo tenha sido roubado para levantar dinheiro para aquisição de entorpecentes. O caso será finalizado pela Delegacia de Roubos e Furtos (Derf), do município.