O Inquérito Policial Militar (IPM) que apura as circunstâncias da morte do tenente Carlos Henrique Scheifer aponta que o confronto entre a polícia e a quadrilha de roubo foi “inventado” para cobrir como ocorreu a morte do oficial.
O documento assinado pelo coronel Carlos Eduardo Pinheiro da Silva foi homologado na segunda-feira (28) demonstra que foram cometidos quatros crimes pela equipe. São eles: falsidade ideológica, prevaricação, comunicação falsa de crime e homicídio.
“Foram identificados vários crimes praticados pela guarnição do Bope naquele dia, entre eles o de falsidade ideológica, prevaricação, comunicação falsa de crime e homicídio inobservância de lei, regulamento ou instrução”, aponta coronel.
O tenente Scheifer morreu durante um suposto confronto com uma quadrilha em Peixoto de Azevedo, em maio desse ano. As primeiras informações foi que uma equipe do Bope teria entrado em confronto com bandidos de roubo. O tenente foi alvejado no com um tiro no peito.
O exame de balística apontou que a bala que matou o oficial saiu de uma arma de um policial. No IPM, o coronel conta que a história de confronto foi “inventada” para reforçar a versão de que os bandidos tinha matado o tenente.
“No dia do ocorrido, a guarnição estava fazendo patrulhamento na mata e escutaram um barulho vindo do outro lado da rodovia. Eles então se abrigaram e ficaram deitados por cerca de 40 minutos. No momento em que o tenente levantou para eles retomarem a saída para a viatura, um dos policiais confundiu, achou que seria um dos bandidos e efetuou o disparo, aí eles inventaram o confronto pra tentar encobrir”, disse o coronel.