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Jornada de Educação inicia com conferência de Jorge Larrosa
Por Hemília Maia
13/09/2017 - 13:32

Foto: Hemília Maia

A décima quarta edição da Jornada de Educação da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) iniciou com a presença do professor Jorge Larrosa, da Universidade de Barcelona, na Espanha. Durante a conferência de abertura "Educação em tempos de crise da Democracia sobre a atualidade de três inventos gregos: A escola, a filosofia e a democracia o professor Larrosa manteve atenta e pensativa uma plateia de cerca de 900 profissionais da educação que lotaram o Centro de Eventos Municipal Maria Sophia da Silva Leite.

Larrosa que acredita numa escola pública e democrática para todos, trabalhou alguns parágrafos sobre a sua temática inserida na temática da Jornada: "Educação em tempos de crise da democracia". O professor afirmou que hoje a escola, a filosofia e a democracia correm risco de morte. Lembrou que a escola é filha do tempo livre e da igualdade. " A escola é o lugar localizado fora das necessidades de trabalho, o lugar onde se aprende por aprender, o lugar da igualdade por excelência. A escola iguala pela forma", explicou o professor.   

O grupo folclórico mato-grossense Tradição, do qual são membros alunos de escolas públicas de Cáceres, iniciou as atividades da noite dançando siriri. Durante o evento foram homenageados professores da Unemat lotados no curso de Pedagogia que aposentaram recentemente. Entre eles Antonio Eustáquio de Moura e Olímpia Maluf Souza.

Participaram da mesa de autoridades a pró-reitora de Ensino de Graduação, Vera Maquêa; a secretária de Educação de Cáceres, Cristiane Aparecida da Silva Barbosa; o diretor Político-Pedagógico e Financeiro da Unemat, câmpus de Cáceres, Antonio Malheiros; a coordenadora do 14º Jorneduc, professora Maritza Maciel Castrillon Maldonado e a coordenadora do curso de Pedagogia, Josinete das Graças Figueiredo.    

Alguns parágrafos:

"(Escola) é, antes de tudo, uma forma de separação dos espaços, dos tempos e das ocupações sociais".

"Escola não significa aprendizagem, mas lazer (ócio). A Scholé grega separa dois usos do tempo: o uso daqueles a quem a obrigação do serviço e da produção tira, por definição, tempo para afazer outra coisa; e o uso daqueles que têm tempo, ou seja, aqueles que são isentos das exigências do trabalho e podem dedicar-se ao pro prazer de aprender".

"Se a Scholé define o modo de vida dos iguais, esses "escolares" da Academia ou do Liceo, do Pórtico ou do Jardim, são os iguais por excelência".

Jorge Larrosa - Doutor em Pedagogia e pós-doutor pelo Instituto de Educação da Universidade de Londres e pelo Centro Michel Foucault da Sorbonne, em Paris. Professor de Filosofia da Educação na Universidade de Barcelona, na Catalunha, Espanha.  

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