O prefeito Francis Maris Cruz (PSDB) recorreu a uma gíria para assegurar que só terá chances de eleger nas eleições de 2018 o político honesto que além de serviços prestados não tenha sido flagrado recebendo dinheiro de propina ou citado por delatores.
“Só será eleito nas eleições de 2018 o político que não tiver batom na cueca” disse se referindo, principalmente, aos deputados, prefeitos e até um senador citado na deleção do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
Em relação ao inúmero crescente de pretensos candidatos a deputado estadual e federal na região, após a gravação dos vídeos onde aparecem os ex-deputados estaduais Airton Português, Antônio Azambuja e o deputado federal Ezequiel Fonseca recebendo propina, Francis alertou: “os pretensos candidatos tem que passar pela convenção dos partidos e, principalmente, combinar com os eleitores. Será que eles já fizeram isso?” indagou.
Na opinião do prefeito, essa verdadeira avalanche de candidatos, provocada pelo desgaste dos deputados citados na delação do ex-governador, pode configurar-se como uma faca de dois gumes: benéfico porque dificilmente esses deputados serão candidatos a reeleição, abrindo uma grande lacuna na região; mais por outro lado, pensando nesse espaço eleitoral, o número de candidatos será maior, como já vem acontecendo há quase um ano das eleições.
“Por um lado é bom, porque deverá abrir um espaço eleitoral muito grande na região. Por outro, pode provocar uma multiplicação de candidaturas, com o risco de uma atrapalhar a outra e sermos penalizados – sem a eleição de nenhuma- por isso” avalia.
Em razão da lei eleitoral, que proibi o anúncio de candidaturas fora do período pré-determinado, nenhum político manifesta o interesses publicamente.
Contudo, há informações de que, vários nomes já estão sendo lançados na região. E, em Cáceres, não é diferente.
Além dos candidatos natos – doutor Leonardo e Adriano Silva – que não precisam ser submetidos a apreciação da convenção dos partidos, vários outros já estão sendo anunciados.
No grupo político de apoio a administração municipal, vários nomes vem sendo ventilados. Entre eles: o da vice-prefeita Eliene Liberato Dias e dos vereadores Claudio Henrique– ex-secretária de Ação Social, Valdeníria Dutra Ferreira e Césare Pastorello.
“São bons nomes. Mas que tem que nascer da sociedade. Não podemos impor nada” enfatizou o prefeito acrescentando que “temos que ter maturidade política para não impor candidatura sob pena de perdermos o grande momento politico vivenciado no município”.
No caso da vice-prefeita, além de indefinida a situação e mais delicada. Há informação de que, existe interesse por parte de lideranças regionais do PSDB para que ela seja candidata a deputada federal. E, essa condição deixaria o prefeito desconfortável, levando em conta de que, embora Francis ainda não tenha manifestado publicamente, sua intensão é ser candidato ao Senado. Porém, ele não descarta a possiblidade de sair à federal.
Em outros partidos a situação não é diferente. No PSB, o ex-prefeito Túlio Fontes já deixou claro que estará na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa; no PSD, o nome mais cotado é do médico Sérgio Arruda. No PT, comenta-se o nome do ex-secretário municipal James Cabral. Embora, esteja sem partido, outro nome bastante comentado em Cáceres e até na região é do médico oncologista do Hospital Regional doutor Eduardo Lima.