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Hospital Regional de Cáceres: deputado Dr Leonardo lamenta recuo de consórcio
Por Jardel P. Arruda
25/09/2017 - 13:47

Foto: Marcos Lopes/ AL-MT

 

 

 

 

 

 

 

 

 DNA de responsável será revelado pelo Ministério Público, afirma deputado

 

 

 

O deputado estadual Dr. Leonardo Albuquerque (PSD) lamentou, nesta segunda-feira (25), que o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Oeste de Mato Grosso (CISOMT) tenha recuado de assumir a gerência do Hospital Regional de Cáceres. O parlamentar defendia a gestão compartilhada entre a Secretaria de Estado de Saúde (SES) com o CISOMT a fim de evitar uma intervenção estadual completa, a fim de evitar a instalação do caos na saúde para os 24 municípios que possuem o Hospital Regional Túlio Fontes como referência.

“Este modelo de OSS não resolveu a saúde no Estado de Mato Grosso. E a intervenção estadual se mostrou desastrosa em Colíder e Alta Floresta. Tentamos ajudar aqui em Cáceres e região por ter amplo conhecimento do assunto, de uma possibilidade de uma administração pública para o Hospital Regional, mas de uma maneira mais flexível que a administração pública direta convencional. Mas democracia é isso, a maioria vence a minoria e nessa questão eu fui vencido”, afirmou Leonardo Albuquerque.

O deputado havia costurado um acordo entre o CISOMT e a SES para evitar a intervenção estadual. Seria realizada uma administração compartilhada, na qual a SES ficaria com gestão das políticas de saúde, pagaria os servidores de carreira e repassaria, mensalmente, cerca de R$ 4,5 milhões para o Consórcio gerenciar os custeios dos atendimentos e pagar outros funcionários. Seria constituído um conselho e a direção do Hospital seria escolhida por critérios técnicos, como experiência em administração pública hospitalar.

Entretanto, de acordo com Dr Leonardo, que foi presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou as Organizações Sociais de Saúde, ainda há pessoas interessadas em manter esse modelo por motivos próprios. Contudo, Leonardo garantiu que fará uma fiscalização dura e que, no futuro, o Ministério Público deverá revelar que sai ganhando com a criação de problemas na área da saúde, em especial com as OSS.

 “Vou fazer dura fiscalização. Tem um ano e três meses que a gente vem falando dessa transição. Não fomos omissos, nem ficamos falado. Mas vou fazer uma fiscalização dura, porque o interesse de poucos não pode levar a saúde pública em Cáceres ao caos. Esse modelo tem um DNA que será revelado pelo Ministério Público em breve. De quem é o DNA desse modelo que permaneceu em Mato Grosso e é o responsável por essa situação? O MP, a partir da CPI da Saúde, está investigando. Quem é o mentor? DE quem é a gênese? De quem é o interesse que se mantenha esse modelo ultrapassado?”, ponderou Leonardo Albuquerque.

Além disso, o deputado também afirma estar preocupado em relação as cerca de 450 pessoas que serão demitidas, na saída da Santa Catarina, e não deverão ser recontratadas pelo Estado devido a questões legais. Como o Governo do Estado precisa respeitar normas para contratação, isso também pode impactar no atendimento a população, que deve ser prejudicada em um primeiro momento.

“Meu temor grande é em relação a essas 450 famílias. Eu estava trabalhando para que elas não ficassem em sem sustento, sem emprego e que o Hospital não ficasse sem atendimento. Mas foi tirada essa possibilidade, infelizmente. A intervenção do Estado não se demonstrou positiva em cidades como Colíder e Alta Floresta. Eu não pensei em politicagem, eu sempre trabalhei a medicina social, a defesa do SUS. Mas algumas pessoas colocam seus interesses pessoais e politicagem a frente da saúde pública”, concluiu.

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