Uma família de Sinop, a 503 km de Cuiabá, aguarda há quase seis meses para enterrar o corpo de Lariane Vitória Bueno, de 11 anos, encontrada morta em 27 de maio deste ano em um matagal daquele município. Segundo a mãe da criança, Glauciane Bueno, o corpo da filha está retido no Instituto de Medicina Legal (IML) de Sinop por falta de um reagente químico essencial para a realização de exames de DNA, que são feitos em Cuiabá.
A reportagem entrou em contato com a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), mas nenhum posicionamento sobre o caso foi dado até o momento.
O corpo de Lariane Vitória foi encontrado em estado avançado de decomposição e, por isso, a perícia não conseguiu identificar perfuração de arma branca ou tiro. A menina, que passou uma semana desapararecida, foi reconhecida pelo padrasto. Na época, ele chegou a afirmar à polícia que a enteada era usuária de drogas.
"Fui várias vezes ao IML e até agora nada. O DNA não foi feito ainda, eles dizem que é demorado mesmo, fica na fila de espera. Sempre sem notícias, sem nada. É muita dor. Primeiro, ao descobrir que a filha da gente está morta. Depois, a dor para conseguir enterrar o corpo dela. É muito difícil", disse a mãe.
A morte da criança ainda é investigada pela Polícia Civil. O caso está sob sigilo.